Existem coisas que já cheiram mal
Então o assunto que todos os dias é falado nas televisões, imprensa escrita, blogues ou pelos partidos políticos é o polémico tema do aborto.
Sempre fui a favor. Cada mulher tem direito a fazer com o corpo, salvas raras excepções, aquilo que quer. Se quer abortar, aborta, se não quer, tem o filho e com a ajuda de Deus, Alá, Buda ou outra Entidade será muito feliz. Ela, o pai, o filho e o espirito santo.
No entanto com esta lei, para existir realmente justiça entre sexos tem que se salvaguardar um ponto para não existirem nem filhos nem enteados aos olhos da lei. Se um pai não quer ter um filho e a mãe quer, a mãe tem-no e o pai, legalmente, mesmo que não queira saber do rebento tem que o perfilhar e assumir a sua educação(aqui lê-se ajuda monetária mensal). No futuro com a lei do aborto, se a mãe não quiser ter um filho, aborta normalmente (já o fazia antes, mas agora passa a ser legal) e o projecto de pai que se lixe. Neste termos, o que eu pergunto é o seguinte : E se o pai quiser ter o filho, mesmo que a mãe não o queira? Não seria justo a mãe ser obrigada a tê-lo e depois cedê-lo ao pai, não tendo depois que perfilhá-lo (já não quero obrigar a mulher a "ajudar na educação", que considero justo). Acho que é um assunto que se devia pensar, afinal não se pode querer igualdade(que acho justíssimo) somente em cargos políticos, nas empresas e em salários. Existem sentimentos muito superiores a qualquer cargo ou moeda. Como partilhar o amor de um filho e o seu crescimento, e aqui as mulheres ganham de 30-0 injustamente.
Por mim o referendo só devia ser daqui a uns anos, por uma questão de vingança e democracia. Vingança porque deixei um dia maravilhoso de praia no dia da votação enquanto a maioria convenceu-se que a vitória estava ganha e lá foram aproveitar umas horinhas a melhorar o bronze, e perdemos. Achava cómico que alguns dos que não reponderam ao chamamento tivessem ido ao Tribunal de Aveiro protestar (muito bem) pelas jovens acusadas. Por o assunto ter sido referendado, devia existir uma diferença de pelo menos 12 anos entre referendos iguais, afinal isto não é como jogar Pang em que sempre que se perde tem-se oportunidade de investir outra moedita.
Mas para que é preciso um referendo, ou se quiserem, porque foi feito o referendo? Cada deputado não representa um determinado número de cidadãos? Se sim, porque é que se querem imiscuir de tomar uma decisão, quando anualmente cagam de alto para o que o povão pensa. Quando fazem reformas da educação perguntam alguma coisa ao povão(eu gostava que sim), quando compram submarinos, perguntam se o povão não preferia comprar outra coisa? E se baldam a tomar uma decisão porque é que cada partido faz campanhas por um dos lados, gastando o dinheiro dos contribuintes e chegando até a obrigar todos os seus correligionários a serem fieis à ideologia partidária em vez de o serem às suas consciências. Meus amigos, já chega de brincar às Barbies. Se querem um referendo, cada pessoa é unica, defende o seu ponto de vista com o dinheiro do seu bolso, sem partidos envolvidos. Caso contrário que não haja referendo e se dê dignidade e liberdade de escolha à mulher, sem nunca esqueçer que um filho é feito, normalmente, por duas pessoas.