Conhecedor Processos (II)
(A.B.)- Meus senhores, bem vindos de volta à segunda parte do novo concurso “Conhecedor de Processos”. Os concorrentes, o primeiro-ministro e licenciado em Engenharia Civil José Sócrates, assim como o licenciando em Direito e líder do PPD/PSD Marques Mendes estão prontos para iniciar o concurso. Conforme disse, antes do intervalo, o primeiro a escolher o dossier para demonstrar todo o seu conhecimento é o LDLPPD/PSD Marques Mendes.
(M.M.)- Bem, sendo assim, gostaria de escolher o Dossier sobre o Poceirão.
(J.S.)- Quem diria caro colega.
(M.M.)- Eu não sou seu colega.
(A.B.)- Dr. Marques Mendes, quem estudou o dossier aponta um par de problemas para a construção do novo aeroporto no Poceirão. Quais são esses problemas?
(M.M.)- Uhm…Uhm…
(A.B.)- Tem mais 20 segundos… O relógio não pára.
(M.M.)- Uhm… Uhm…
(A.B.)- O seu tempo acabou. Engenheiro Sócrates? Desculpe. PMLEC Sócrates quer responder à pergunta?
(J.S.)- !!!
(A.B.)- Tem mais 30 segundos.
(J.S.)- Uhm…
(A.B.)- E o tempo acabou. E nenhum dos concorrentes acertou na resposta certa.
(M.M.)- Desculpa mas o sr. está a fugir à temática do concurso.
(J.S.)- Pela primeira vez concordo consigo colega. Pensava que o objectivo, eu que sou um expert em dossiers, era conhecer o dossier e não o seu conteúdo.
(A.B.)- Ah??? Por favor…
(M.M.)- Eu conheço muito bem o conteúdo do dossier!!! Conteúdo… Até fica mal a palavra na frase.
(A.B.)- Desculpem?
(M.M.)- O dossier do Poceirão eu sei tudo acerca deste dossier, mas essas perguntas estapafúrdias, eu não sei, nem tenho que saber. Para isso leio-o. Agora que o dossier tem 30 mm, A4, capa vermelha, muito bom para disciplinar um colega do partido que se tenha portado mal ou o ideal para ser colocado em cima de uma mesa de café, especialmente aquelas importadas da América do Sul, de Java, Indonésia.
(J.S.)- Muito bem colega. Não podia concordar mais consigo. O dossier da Ota que eu trouxe não casa bem nessas mesas, mas nas do século XVIII vindas de França fica que é um mimo. Ninguém diria que o dossier foi escrito propositadamente para o governo de Portugal. A maneira como a capa se funde, quase literalmente, com o tampo da mesa obriga o inexperiente conhecedor a dizer que foi o próprio Luís XV que o escreveu com a própria mão. E depois são apenas 5mm de dossier. Que, para quem leva isto dos dossiers com paixão, é um dossier multiusos. Não só dá para disciplinar um ministro mais gozão, como é muito bom para bater em filhos mal comportados, ou mesmo malucas que gostem de sentir uma ponta de dor. Sabe? Aquelas toleironas. Eh, Eh.
(M.M.)- Colega, se o Bill ainda estivesse no poder era gajo para lho pedir emprestado. Eh, Eh, Eh. Ganda noia.
(J.S.)- E não deixa marca.
(A.B.)- Mas, mas…
(J.S.)- Colega já viu o dossier da reforma da Segurança Social?
(M.M.)- Ainda não. Mas ouvi dizer que estava um espectáculo.
(J.S.)- Olhe quando o vi pela primeira vez até me vieram as lágrimas aos olhos. Disse para os meus botões: “Este dossier tem que ser meu!”. Foi por isso que despachei o Costa para a CML e fiquei com o assunto sobre a minha alçada.
(M.M.)- Pensava que o tinha despachado pela competência.
(J.S.)- Acha? No fim do concurso vem lá a casa. Olhe, 50mm de papel, A4, todo azul e branco em honra ao Porto, mas um azul com classe, letra Times New Roman. E como fica bem nesta nova colecção de mesas de café da Ikea! Meu Deus. Vê-se que a sua inspiração é muito contemporânea. E bem usado é uma autêntica arma de destruição maciça.
(M.M.)- Maciça ou massiva?
(J.S.)- O cú do Alberto João é maciço ou massivo?
(M.M.)- Penso que é maciço…
(J.S.)- Então é de destruição maciça.
(A.B.)- Mas…Mas…
(M.M.)- Bem, sendo assim, gostaria de escolher o Dossier sobre o Poceirão.
(J.S.)- Quem diria caro colega.
(M.M.)- Eu não sou seu colega.
(A.B.)- Dr. Marques Mendes, quem estudou o dossier aponta um par de problemas para a construção do novo aeroporto no Poceirão. Quais são esses problemas?
(M.M.)- Uhm…Uhm…
(A.B.)- Tem mais 20 segundos… O relógio não pára.
(M.M.)- Uhm… Uhm…
(A.B.)- O seu tempo acabou. Engenheiro Sócrates? Desculpe. PMLEC Sócrates quer responder à pergunta?
(J.S.)- !!!
(A.B.)- Tem mais 30 segundos.
(J.S.)- Uhm…
(A.B.)- E o tempo acabou. E nenhum dos concorrentes acertou na resposta certa.
(M.M.)- Desculpa mas o sr. está a fugir à temática do concurso.
(J.S.)- Pela primeira vez concordo consigo colega. Pensava que o objectivo, eu que sou um expert em dossiers, era conhecer o dossier e não o seu conteúdo.
(A.B.)- Ah??? Por favor…
(M.M.)- Eu conheço muito bem o conteúdo do dossier!!! Conteúdo… Até fica mal a palavra na frase.
(A.B.)- Desculpem?
(M.M.)- O dossier do Poceirão eu sei tudo acerca deste dossier, mas essas perguntas estapafúrdias, eu não sei, nem tenho que saber. Para isso leio-o. Agora que o dossier tem 30 mm, A4, capa vermelha, muito bom para disciplinar um colega do partido que se tenha portado mal ou o ideal para ser colocado em cima de uma mesa de café, especialmente aquelas importadas da América do Sul, de Java, Indonésia.
(J.S.)- Muito bem colega. Não podia concordar mais consigo. O dossier da Ota que eu trouxe não casa bem nessas mesas, mas nas do século XVIII vindas de França fica que é um mimo. Ninguém diria que o dossier foi escrito propositadamente para o governo de Portugal. A maneira como a capa se funde, quase literalmente, com o tampo da mesa obriga o inexperiente conhecedor a dizer que foi o próprio Luís XV que o escreveu com a própria mão. E depois são apenas 5mm de dossier. Que, para quem leva isto dos dossiers com paixão, é um dossier multiusos. Não só dá para disciplinar um ministro mais gozão, como é muito bom para bater em filhos mal comportados, ou mesmo malucas que gostem de sentir uma ponta de dor. Sabe? Aquelas toleironas. Eh, Eh.
(M.M.)- Colega, se o Bill ainda estivesse no poder era gajo para lho pedir emprestado. Eh, Eh, Eh. Ganda noia.
(J.S.)- E não deixa marca.
(A.B.)- Mas, mas…
(J.S.)- Colega já viu o dossier da reforma da Segurança Social?
(M.M.)- Ainda não. Mas ouvi dizer que estava um espectáculo.
(J.S.)- Olhe quando o vi pela primeira vez até me vieram as lágrimas aos olhos. Disse para os meus botões: “Este dossier tem que ser meu!”. Foi por isso que despachei o Costa para a CML e fiquei com o assunto sobre a minha alçada.
(M.M.)- Pensava que o tinha despachado pela competência.
(J.S.)- Acha? No fim do concurso vem lá a casa. Olhe, 50mm de papel, A4, todo azul e branco em honra ao Porto, mas um azul com classe, letra Times New Roman. E como fica bem nesta nova colecção de mesas de café da Ikea! Meu Deus. Vê-se que a sua inspiração é muito contemporânea. E bem usado é uma autêntica arma de destruição maciça.
(M.M.)- Maciça ou massiva?
(J.S.)- O cú do Alberto João é maciço ou massivo?
(M.M.)- Penso que é maciço…
(J.S.)- Então é de destruição maciça.
(A.B.)- Mas…Mas…