Nomenclatura dos Ventos
Isto dos ventos tem que se lhe diga. Todos os anos a mesma história. Uma série de furacões, tufões e ventos ciclónicos fazem das suas nas caraíbas e na costa sudeste dos EUA. Eu percebo mais ou menos como eles se formam. O mar quente colide com uma massa de ar frio e mais sei lá o quê, baixas pressões, e vai-se a ver está uma ventania do caraças (antímio, se estiveres a ler isto perdoa-me a imprecisão científica). Mas não percebo uma coisa. Temos mesmo que baptizar os furacões e afins com nomes de pessoas! E com os mais improváveis! Vejo mesmo aqui algo de perverso. Anda agora em grande actividade o furacão Ivan. Qual a palavra que vos surge depois de vociferarem Ivan! Digam sem medo! "O terrível" não é? É mesmo para assustar qualquer um! Já repararam que nunca andaram com nenhum Ivan na escola, nem nenhum mora na vossa rua, nem conhecem ninguém que conheça um? Claro que não! Chamar Ivan a uma criança é passar-lhe um cadastro e um registo criminal à nascença. Ao registar o nome do miúdo o pai deve ter mesmo que assinar um termo de responsabilidade. Se fosse o furacão Snoopy, ou o Tufão Barbarella de certeza que o pessoal relaxava um bocado. E já agora... quem dá estes nomes? Os metereologistas? A protecção civil? Os serviços secretos? "Parece-me que este é um fenómeno tipo Ivan! Se fosse mais violento um bocado podia ser o Átila. Ou o Osama."