As fases da conversa
No meu entender uma conversa pode ser dividida em três partes. Arranque ou início, desenvolvimento e conclusão ou travagem. Eu sei que estes termos velocipédicos não ficam grande coisa, mas se pensarem bem fazem algum sentido.
Devido à minha natureza envergonhada e observadora, o que sempre me custou numa conversa foi o seu ínicio. Quando falo com um amigo ou conhecido essas dificuldades desaparecem instantaneamente. Já sei os seus gostos, como é...conheco-o, pronto. Agora se a pessoa em questão é um desconhecido as coisas já são diferentes. Por mais que queira nos primeiros minutos falo muito pouco. Ouço falar, observo os gestos, os olhos, os tiques...tudo. Acho que tinha jeito para psicólogo ou psiquiatra. Por vezes tento não ser assim, mas não consigo. Acho que é uma maneira de me resguardar. Acho que penso mais ou menos assim: “Para quê falar muito, se depois não sentir afinidade nenhuma com a pessoa? Para depois um dia que nos encontremos novamente estar ali a fazer um frete?”. Não confundir isto com julgar uma pessoa, porque como dizem “cada qual é como cada qual”. Agora não tenho que ser simpático e ter conversas de circunstância com alguém que não me diz nada. Que só porque a conheci um dia, tenho que a cumprimentar sempre que a vir, mesmo que não tenha simpatizado com a pessoa em questão. Podem dizer que isto é uma atitude arrogante eu penso que é honesta. Se não tivesse a certeza de quem é o meu pai, pensaria que a minha mãe teria andado a dar umas voltas pelo norte da europa. Claro que se a pessoa me capta a atenção eu não fico ali no meu canto, mas também não a trato logo como se fosse uma grande amiga. No entanto até me considero um gigolo fácil. Não vou logo é para a cama nas primeiras noites. Não gosto é que estejam constantemente a falar de carros, dinheiro e roupa...................
Mas o pior, pior é quando falo com alguém que estou apaixonado. Parece que o meu sangue é gasóleo, e o meu cérebro é um motor diesel (estão a ver o porquê do arranque). Claro, que já existem motores a diesel com um arranque extremamente rápido (penso eu de que???), mas o meu é de um carro há 30 anos atrás. Lento. Tão lento. Desta minha boca só sai merda. Não dou uma para a caixa. Meto os pés pelas mãos, as mãos pelos pés. Claro que aqui já não se está a falar de ser observador porque já conheco a pessoa em questão, aqui é mesmo T-I-M-I-D-E-Z.
O período inicial passa, o coração já recuperou do choque (bom) de ver a paixão e entro no desenvolvimento. Aí já sou outro. A conversa já flui normalmente, o sentido de humor também, o nervosismo inicial desaparece como que por artes mágicas. O suor desaparece. É pouco, não pensem que é suar que nem uma fonte. Não, só eu é que sinto e me apercebo. Até que chegamos à conclusão ou travagem.
Este ultímo capitulo, já depende. Não de mim, mas das outras fases da conversa, e claro, do tempo. Se a conversa foi carinhosa, acho que a travagem tem que ser suave. Se foi animada a sua conclusão terá deixar um sorriso nos lábiso. Se foi uma seca : “Tchau , adeus e um abraço.”
Devido à minha natureza envergonhada e observadora, o que sempre me custou numa conversa foi o seu ínicio. Quando falo com um amigo ou conhecido essas dificuldades desaparecem instantaneamente. Já sei os seus gostos, como é...conheco-o, pronto. Agora se a pessoa em questão é um desconhecido as coisas já são diferentes. Por mais que queira nos primeiros minutos falo muito pouco. Ouço falar, observo os gestos, os olhos, os tiques...tudo. Acho que tinha jeito para psicólogo ou psiquiatra. Por vezes tento não ser assim, mas não consigo. Acho que é uma maneira de me resguardar. Acho que penso mais ou menos assim: “Para quê falar muito, se depois não sentir afinidade nenhuma com a pessoa? Para depois um dia que nos encontremos novamente estar ali a fazer um frete?”. Não confundir isto com julgar uma pessoa, porque como dizem “cada qual é como cada qual”. Agora não tenho que ser simpático e ter conversas de circunstância com alguém que não me diz nada. Que só porque a conheci um dia, tenho que a cumprimentar sempre que a vir, mesmo que não tenha simpatizado com a pessoa em questão. Podem dizer que isto é uma atitude arrogante eu penso que é honesta. Se não tivesse a certeza de quem é o meu pai, pensaria que a minha mãe teria andado a dar umas voltas pelo norte da europa. Claro que se a pessoa me capta a atenção eu não fico ali no meu canto, mas também não a trato logo como se fosse uma grande amiga. No entanto até me considero um gigolo fácil. Não vou logo é para a cama nas primeiras noites. Não gosto é que estejam constantemente a falar de carros, dinheiro e roupa...................
Mas o pior, pior é quando falo com alguém que estou apaixonado. Parece que o meu sangue é gasóleo, e o meu cérebro é um motor diesel (estão a ver o porquê do arranque). Claro, que já existem motores a diesel com um arranque extremamente rápido (penso eu de que???), mas o meu é de um carro há 30 anos atrás. Lento. Tão lento. Desta minha boca só sai merda. Não dou uma para a caixa. Meto os pés pelas mãos, as mãos pelos pés. Claro que aqui já não se está a falar de ser observador porque já conheco a pessoa em questão, aqui é mesmo T-I-M-I-D-E-Z.
O período inicial passa, o coração já recuperou do choque (bom) de ver a paixão e entro no desenvolvimento. Aí já sou outro. A conversa já flui normalmente, o sentido de humor também, o nervosismo inicial desaparece como que por artes mágicas. O suor desaparece. É pouco, não pensem que é suar que nem uma fonte. Não, só eu é que sinto e me apercebo. Até que chegamos à conclusão ou travagem.
Este ultímo capitulo, já depende. Não de mim, mas das outras fases da conversa, e claro, do tempo. Se a conversa foi carinhosa, acho que a travagem tem que ser suave. Se foi animada a sua conclusão terá deixar um sorriso nos lábiso. Se foi uma seca : “Tchau , adeus e um abraço.”
Ps: Claro que com os amigos a conversa nunca é uma seca, é sempre um prazer. Por mais seca que seja.