Pai tirano
Quando se tem mais que um filho devemos como bons pais tratá-los da mesma forma e dar-lhes o mesmo carinho, caso contrário, as consequências podem ser dramáticas e tornar um família feliz, num conjunto de almas perdidas que se levantam às cinco da manhã para conseguir umas receitas de Xanax no centro de saúde mais próximo.
Escrevo isto, não por ter aprendido na escola ou visto algum Júlio Machado Vaz que se dedique a temas mais familiares, mas porque nestas últimas semanas vivi todas estas experiências, dramas e horrores. Posso dizer que me tornei uma pessoa melhor e que como pai nunca mais cometerei o mesmo erro.
O meu filhinho nasceu e eu como bom pai dei-lhe toda a atenção do mundo pensando que o mais velho, já com seis anitos, compreenderia.
Era comprar ao junior roupas novas, dar-lhe as ultimas vacinas, dar-lhe a conhecer os sons da moda, enquanto ao mais velho dava-lhe um olá e e umas informações para ele guardar. O petiz, pouco habituado a este distanciamento, ao fim de dois dias fartou-se, e sem uma tentativa frustada de suícidio, que normalmente serve para chamar à atenção de que precisa de carinho e atenção, cometeu o harakiri. Simplesmente esturricou a mioleira toda, não tendo a hombridade de deixar uma carta de suícidio, ao menos para se despedir. Claro que quem fez dois filhos, faz três mas ao menos podia-me ter dito onde deixava as informações que eu lhe dava para guardar. Eram cartas, trabalhos, filmes, pornografia de grande qualidade, música, contactos de sitios que gostava de visitar constantemente, tudo e mais alguma coisa... perdida para sempre naquela cabeça que espero, ao menos, tenha ido para um lugar melhor. Tinha tantos planos para ele. Já o estava a imaginar, agora com a chegado do júnior, a trabalhar em exclusivo para uma firma de importação-exportação chamada Koizo, mas assim não aconteceu é a vida. Agora, pelo sim pelo não, de três em três meses vou passar a levar o júnior ao médico para lhe fazer checks ups à moina de modo a que suícidios, pelo menos, à cabeça nunca mais aconteçam. É que um pai prevenido vale por dois.
Escrevo isto, não por ter aprendido na escola ou visto algum Júlio Machado Vaz que se dedique a temas mais familiares, mas porque nestas últimas semanas vivi todas estas experiências, dramas e horrores. Posso dizer que me tornei uma pessoa melhor e que como pai nunca mais cometerei o mesmo erro.
O meu filhinho nasceu e eu como bom pai dei-lhe toda a atenção do mundo pensando que o mais velho, já com seis anitos, compreenderia.
Era comprar ao junior roupas novas, dar-lhe as ultimas vacinas, dar-lhe a conhecer os sons da moda, enquanto ao mais velho dava-lhe um olá e e umas informações para ele guardar. O petiz, pouco habituado a este distanciamento, ao fim de dois dias fartou-se, e sem uma tentativa frustada de suícidio, que normalmente serve para chamar à atenção de que precisa de carinho e atenção, cometeu o harakiri. Simplesmente esturricou a mioleira toda, não tendo a hombridade de deixar uma carta de suícidio, ao menos para se despedir. Claro que quem fez dois filhos, faz três mas ao menos podia-me ter dito onde deixava as informações que eu lhe dava para guardar. Eram cartas, trabalhos, filmes, pornografia de grande qualidade, música, contactos de sitios que gostava de visitar constantemente, tudo e mais alguma coisa... perdida para sempre naquela cabeça que espero, ao menos, tenha ido para um lugar melhor. Tinha tantos planos para ele. Já o estava a imaginar, agora com a chegado do júnior, a trabalhar em exclusivo para uma firma de importação-exportação chamada Koizo, mas assim não aconteceu é a vida. Agora, pelo sim pelo não, de três em três meses vou passar a levar o júnior ao médico para lhe fazer checks ups à moina de modo a que suícidios, pelo menos, à cabeça nunca mais aconteçam. É que um pai prevenido vale por dois.