A noite está quente
Olhando para os tumultos que se passam em França, penso que se estão a levantar falsas justificações para o que se está a passar.
Quanto a mim à que ter em conta vários factores. O povo magrebino está habituado a tempos secos e quentes dando-se mal com o frio que alastra por toda a Europa nesta altura do ano. Outro aspecto, de não menos importância, é a grande qualidade da castanha este ano. Muito boa em qualidade, mas em muito pouca quantidade, o que tem feito disparar os preços para a estratosfera. Para que numa noite uma pessoa fique satisfeita com as ditas são necessários pelo menos dois quilos. E para isso é necessário trabalhar num qualquer organismo público ou então ser gestor do Credit Lyonnais. Penso eu que a junção destes dois factores associado a outros menores como a reivindicação da instalação de de lareiras nos balieuxs por parte da Associassion Nacionale por la Construction des Lareiras dans Balieux, a dita ANCLB levou a que grande parte da população tomasse certas atitudes. Se não existem lareiras em casa para fazer umas brasas e assar umas castanhas, à que faze-las cá fora. Também por uma questão de tradição. Afinal o magusto deve ser celebrado na rua acompanhado por jerupiga e saltos na fogueira. Eles não têm culpa de serem grandes atletas e saltarem quase tanto como o Javier SottoMayor. Pode-se pôr a questão dos carros queimados, mas é preciso lembrar que pelos lados gauleses a madeira está pela hora da morte, afinal não existiram os fogos que por cá já são quase uma banalidade e fizeram descer fortemente o preço da madeira. Ao contrário de cá, a França é a nação da Citroen e da Peugeot. Eles queimam o que lá existe mais, carros. Se olharem com atenção eles até estão a dar uma grande lição de patriotismo e de compreensão dos deveres de um cidadão perante o estado. Quantos mais carros queimarem, mais carros terão que ser construidos e, ou muito me engano ou estão a dinamizar a industria automóvel e a melhorar o parque automóvel francês, visto queimarem o velho. Se isto não é uma população integrada no país de acolhimento com a devida noção de deveres e direitos eu vou ali a já venho...