Simetria
Há uns dias descansava o cérebro em frente à televisão e deixava os meus olhos serem bombardeados pelo fogos-fátuos hertzianos, quando tive uma visão alucinante. Ao que parece, duas belas meninas vão apresentar um programa qualquer na RTP. São elas a menina Catarina Furtado e a menina Sílvia Alberto. E eis que elas me aparecem assim no ecrã, lado a lado, reluzentes na sua figura, e eu só consegui reparar numa coisa. Elas apresentam um sinal improvável de simetria! Um eixo comum, a marca personalizada que funcionou até hoje isolada, e que agora em parceria adquire um outro significado, uma unidade, como aqueles transformers que se juntavam e formavam um mais forte e poderoso. Vejam o spot publicitário ao programa e digam-me lá se as duas meninas não têm os respectivos sinais cutâneos no canto inferior exactamente simétrico um ao outro na sua bela cara. O sinal, essa verdadeira instituição sexy, e quem não se lembra de variados casos por esse mundo fora, está então agora a ganhar uma dimensão nunca antes alcançada, formando um ser cujas propriedades ainda se desconhecem. Isto é um sinal claro da inovação que o país precisa, reinventando-se, neste caso, com a matéria prima existente. Será isto uma consequência do Plano Tecnológico? Não sei! Mas terá certamente um grande impacto social, de proporções imprevisíveis. Terão elas coragem de se juntarem num futuro próximo a Alexandra Lencastre, formando então uma trindade do sinal? Um triângulo unido pela mais fina epiderme, qual prisma de tripla aresta refractando os olhares incrédulos do público. A ver vamos. Esperemos primeiro para ver os efeitos desta união.