O avaliador
Jornalista: Caro transpose, diga-nos, o que pensa desta nova lei que vai a votação no parlamento.
Je: Penso que sim, é uma boa lei. Estou muito grato ao Sr. Ministro se ter lembrado de mim para este posto de tão grande responsabilidade.
Jornalista: Posto? Que posto?
Je: Então, o posto de avaliador mor. Vou fod..., desculpe, escol..., desculpe, avaliar as candidatas à assembleia da republica de modo a que a cota mínima seja cumprida.
Jornalista:Não acha um bocado despropositado que haja uma cota, e ainda por cima, alguem que avalie as candidatas de modo a que essa cota seja cumprida?
Je: Não, amigo. Se todos os politicos, homem ou mulher, fossem avaliados concerteza estariamos melhor. Quanto à avaliação das candidatas alguém o tinha que fazer... Fui eu o escolhido.
Jornalista: Mas porquê o senhor?
Je: É uma questão complexa em que o PM analisou todas as vertentes necessárias para um posto destes e no qual a escolha acabou por recair sobre a minha pessoa.
Jornalista: Pode dizer quais foram essas vertentes?
Je: A primeira de todas era o sexo. Era necessário alguem do sexo masculino.
Jornalista: Mas isso não vai contra as politica de paridade do governo?
Je: Já ouviu alguma mulher a falar de outra quando ela não está presente?
Jornalista: Já.
Je: E...?
Jornalista: Pronto. Até que faz sentido. Mas quais foram as outras vertentes para análise?
Je: Isso tem que perguntar ao PM. Agora uma das perguntas, num dos processos de seleção era “Há quanto tempo não faz amor?”
Jornalista: E o que respondeu.
Je: Escolhi a opção “Menos de um dia”. Parece que quem escolhesse as opções “Mais de uma semana”, “Mas de um mês” e “Mais de um ano”, era logo eliminado. Imagine o que um esfomeado poderia fazer a esta seleção e ao sistema parlamentar português...
Je: Claro que não especificaram o tipo de amor. Se tivessem especificado era mais complicado...
Jornalista: Complicado, então porquê?
Je: Eu tinha feito amor há menos de um dia comigo próprio. Com uma mulher, já levo uns oito anos que estou à seca. Nunca mais hei-de esquecer a Rosa, a minha vizinha cega. Boa miuda.
Jornalista: Sim senhor. Estou a ver que o senhor é um grande ment..., desculpe, politico. E quais vão ser os factores que vai ter mais em conta na suas avalições.
Je: EhEh. Faço o que posso. Quanto aos critérios ainda não estão definidos, mas a seu tempo serão comunicados a todos. Penso que a capacidade oral vai ter um grande peso na escolha. Agora, desculpe mas tenho que me ausentar. Tenho uma reunião com o grupo feminino do bloco.
Je: Penso que sim, é uma boa lei. Estou muito grato ao Sr. Ministro se ter lembrado de mim para este posto de tão grande responsabilidade.
Jornalista: Posto? Que posto?
Je: Então, o posto de avaliador mor. Vou fod..., desculpe, escol..., desculpe, avaliar as candidatas à assembleia da republica de modo a que a cota mínima seja cumprida.
Jornalista:Não acha um bocado despropositado que haja uma cota, e ainda por cima, alguem que avalie as candidatas de modo a que essa cota seja cumprida?
Je: Não, amigo. Se todos os politicos, homem ou mulher, fossem avaliados concerteza estariamos melhor. Quanto à avaliação das candidatas alguém o tinha que fazer... Fui eu o escolhido.
Jornalista: Mas porquê o senhor?
Je: É uma questão complexa em que o PM analisou todas as vertentes necessárias para um posto destes e no qual a escolha acabou por recair sobre a minha pessoa.
Jornalista: Pode dizer quais foram essas vertentes?
Je: A primeira de todas era o sexo. Era necessário alguem do sexo masculino.
Jornalista: Mas isso não vai contra as politica de paridade do governo?
Je: Já ouviu alguma mulher a falar de outra quando ela não está presente?
Jornalista: Já.
Je: E...?
Jornalista: Pronto. Até que faz sentido. Mas quais foram as outras vertentes para análise?
Je: Isso tem que perguntar ao PM. Agora uma das perguntas, num dos processos de seleção era “Há quanto tempo não faz amor?”
Jornalista: E o que respondeu.
Je: Escolhi a opção “Menos de um dia”. Parece que quem escolhesse as opções “Mais de uma semana”, “Mas de um mês” e “Mais de um ano”, era logo eliminado. Imagine o que um esfomeado poderia fazer a esta seleção e ao sistema parlamentar português...
Je: Claro que não especificaram o tipo de amor. Se tivessem especificado era mais complicado...
Jornalista: Complicado, então porquê?
Je: Eu tinha feito amor há menos de um dia comigo próprio. Com uma mulher, já levo uns oito anos que estou à seca. Nunca mais hei-de esquecer a Rosa, a minha vizinha cega. Boa miuda.
Jornalista: Sim senhor. Estou a ver que o senhor é um grande ment..., desculpe, politico. E quais vão ser os factores que vai ter mais em conta na suas avalições.
Je: EhEh. Faço o que posso. Quanto aos critérios ainda não estão definidos, mas a seu tempo serão comunicados a todos. Penso que a capacidade oral vai ter um grande peso na escolha. Agora, desculpe mas tenho que me ausentar. Tenho uma reunião com o grupo feminino do bloco.