O Culto da Aldrabice
Tem-se falado muito da evasão fiscal, da injustiça do IRS, pois penaliza a classe média, enquanto os trabalhadores por conta de outrem fogem facilmente aos impostos, e de outros assuntos relacionados. É claro que é suposto ninguém fugir aos impostos, tal como é suposto ninguém ultrapassar os 120 na auto estrada, ninguém beber enquanto conduz, ninguém falsificar boxs da TV Cabo, ninguém estacionar em cima do passeio, etc, etc, etc …
Mas reparem nisto! Toda a gente se queixa da cultura do facilitismo, da falta de civismo dos portugueses, que somos uns aldrabões, calaceiros, intrujões e vigaristas do pior. Mas já repararam no culto do intruja que se faz na televisão portuguesa? Atentem nas séries portuguesas dos últimos anos e reparem bem. O pior é que muitas delas são grandes produções da televisão pública, pagas com os impostos que eles incentivam a fugir com estas odes ao aldrabão! Vamos então ver do que eu estou a falar:
Dona Branca – Esta ilustre senhora teve honras de horário de quase nobre, com uma telenovela com os melhores actores portugueses (ou talvez não). A própria Dona Branca era encarnada pela diva do teatro português, Eunice Muñoz. Esta senhora era uma vigarista da pior espécie, que emprestava dinheiro que não tinha e mais não sei o quê. Ainda me lembro de quando era puto ouvir falar dela nos telejornais. Passados uns anos só mudou o horário.
Maria da Graça – Uma Dona Branca com nível. Intrujou gente por todo o lado. Era jóias, dinheiro e apartamentos. Uma autêntica heroína televisiva! Tem tudo para vingar na televisão e é um exemplo de abnegação e estoicismo na causa aldrabona. Telenovela de horário nobre também para ela, que não deve nada à grisalha Dona Branca. É bonita e a história até mete sexo!
Alves dos Reis – Este homem é um senhor! Isto sim é um vigarista como os que já não se fazem. Este mestre da aldrabice não fugiu propriamente aos impostos. Para quê fazer dinheiro assim? Ele fez o seu próprio dinheiro montando uma casa da moeda na sua própria residência. Mais uma grande produção de grande qualidade, com a chancela desse grande inspector da judiciária/escritor de novelas, o senhor Moita Flores.
Capitão Roby – Temos agora um intrujão de grande lábia, resposta pronta e brilhantina. Este homem enganava mulheres à grande, casava com quantas lhe apetecia, roubava-as, gozava com elas e ainda dizia que era amor! Mais um grande vigarista retratado em horário nobre na nossa televisão. Mas querem mais?
Há um que é o melhor deles todos. A classe, o glamour, a mentira, a sua detenção com tiques de hollywood… A detenção até foi nos EUA. E depois a lata desse animal! Não só foi feita uma série em jeito de documentário, como foi o próprio aldrabão em carne e osso a encarnar a sua própria pele e comentando os acontecimentos! Já sabem de quem estou a falar? Pois é! Pedro Caldeira! Esse tipo perdeu milhões na bolsa com o dinheiro dos outros, e pôs-se a andar para os EUA com o resto do guito. E vem em jeito de movie star, de gel no cabelo e a fuma cigarrilha contar como embarrilou uma série de pessoas.
E assim a televisão passa a mensagem subliminar aos portugueses - “Para se safarem neste país têm que se fazer à vida! Não há cá cursos superiores, trabalhinho e pagar impostos! Aqui só se safa quem aldraba!”. É este o papel de serviço público que as televisões nos prestam. Com as criancinhas analfabetas, mas a saberem desde pequeninas como passar um cheque careca, como abusar da confiança, como trocar um pacote rebuçados e dois toblerones por um punhado de tremoços, como tirar “emprestados” 5 euros da mãe dia sim dia não, e etc. Podia ser pior.
Mas reparem nisto! Toda a gente se queixa da cultura do facilitismo, da falta de civismo dos portugueses, que somos uns aldrabões, calaceiros, intrujões e vigaristas do pior. Mas já repararam no culto do intruja que se faz na televisão portuguesa? Atentem nas séries portuguesas dos últimos anos e reparem bem. O pior é que muitas delas são grandes produções da televisão pública, pagas com os impostos que eles incentivam a fugir com estas odes ao aldrabão! Vamos então ver do que eu estou a falar:
Dona Branca – Esta ilustre senhora teve honras de horário de quase nobre, com uma telenovela com os melhores actores portugueses (ou talvez não). A própria Dona Branca era encarnada pela diva do teatro português, Eunice Muñoz. Esta senhora era uma vigarista da pior espécie, que emprestava dinheiro que não tinha e mais não sei o quê. Ainda me lembro de quando era puto ouvir falar dela nos telejornais. Passados uns anos só mudou o horário.
Maria da Graça – Uma Dona Branca com nível. Intrujou gente por todo o lado. Era jóias, dinheiro e apartamentos. Uma autêntica heroína televisiva! Tem tudo para vingar na televisão e é um exemplo de abnegação e estoicismo na causa aldrabona. Telenovela de horário nobre também para ela, que não deve nada à grisalha Dona Branca. É bonita e a história até mete sexo!
Alves dos Reis – Este homem é um senhor! Isto sim é um vigarista como os que já não se fazem. Este mestre da aldrabice não fugiu propriamente aos impostos. Para quê fazer dinheiro assim? Ele fez o seu próprio dinheiro montando uma casa da moeda na sua própria residência. Mais uma grande produção de grande qualidade, com a chancela desse grande inspector da judiciária/escritor de novelas, o senhor Moita Flores.
Capitão Roby – Temos agora um intrujão de grande lábia, resposta pronta e brilhantina. Este homem enganava mulheres à grande, casava com quantas lhe apetecia, roubava-as, gozava com elas e ainda dizia que era amor! Mais um grande vigarista retratado em horário nobre na nossa televisão. Mas querem mais?
Há um que é o melhor deles todos. A classe, o glamour, a mentira, a sua detenção com tiques de hollywood… A detenção até foi nos EUA. E depois a lata desse animal! Não só foi feita uma série em jeito de documentário, como foi o próprio aldrabão em carne e osso a encarnar a sua própria pele e comentando os acontecimentos! Já sabem de quem estou a falar? Pois é! Pedro Caldeira! Esse tipo perdeu milhões na bolsa com o dinheiro dos outros, e pôs-se a andar para os EUA com o resto do guito. E vem em jeito de movie star, de gel no cabelo e a fuma cigarrilha contar como embarrilou uma série de pessoas.
E assim a televisão passa a mensagem subliminar aos portugueses - “Para se safarem neste país têm que se fazer à vida! Não há cá cursos superiores, trabalhinho e pagar impostos! Aqui só se safa quem aldraba!”. É este o papel de serviço público que as televisões nos prestam. Com as criancinhas analfabetas, mas a saberem desde pequeninas como passar um cheque careca, como abusar da confiança, como trocar um pacote rebuçados e dois toblerones por um punhado de tremoços, como tirar “emprestados” 5 euros da mãe dia sim dia não, e etc. Podia ser pior.