Fumem Mas Não Insultem
Hoje tenho que falar de um problema real da nossa sociedade. Estou a falar do tabaco, dos seus malefícios, das campanhas anti tabaco, as restrições cada vez mais duras aos fumadores, e outros assuntos relacionados.
Em primeiro lugar tenho que dizer que não fumo. E o problema começa logo por aí. Eu não gosto nada que me chamem de “fumador passivo”. Mas que raio de designação abichanada é essa? Dá ar que somos uns morcões sentados na mesa de café com cara de parvos, com um tipo em frente a fumar pra cima de nós de propósito e ainda a gozar com a nossa cara, e que no fim apaga o cigarro no meio da nossa testa. E nós ainda lhe pagamos o café! Isto é para mim um fumador passivo. Porque não são eles os “fumadores agressivos” ou os “chaminés com pernas” ou outra designação qualquer (aceitam-se sugestões). O objectivo não é denegrir a imagem deles? Eu não me importo que eles fumem, mas chamarem-me de passivo é que não! Devo bater em toda a gente que fuma à minha volta para mudarem a designação?
Também gosto muito das publicidades a tabaco que vemos nas revistas ou nas máquinas de cigarros. Estou-me a lembrar de repente de um grupo de jovens espadaúdos e moças roliças a disfrutarem do saudável prazer da vida à beira mar, a correrem pela areia molhada, a chapinar poeticamente a água uns para os outros. Quem fuma ali? É o fotógrafo? Não estou a dizer que pessoas bonitas e bem constituídas não fumam, mas o cenário idílico e hipócrita era escusado. Mas há um melhor ainda. Aquele em que um grupo de jovens radicais faz uma escalada, aparecendo o nome da marca num canto. Ok … Mesmo que eles fumem, será aquele o lugar apropriado? “Não há nada melhor que subir 200 metros de escarpa rochosa para fumar um cigarro sossegado! Nada me tirar esse prazer”. O mais provável é o gajo que fuma estar à espera no café a matar uns finos, para depois irem todos jantar. Para mim estas publicidades são no estilo “onde está o Wally?”. Já encontrei pessoas coladas nas máquina de tabaco à procura do fumador. “- Olha, eu acho que está ali entre o arbusto e o lobo de alsácia. – Estás parva! Tenho a certeza que é aquela mancha negra perto da cascata. Ao pé dos canoistas!”
Mas agora sim! Isto vai acabar! Com as frases aterradoras que figuram nos maços de tabaco! “Fumar Mata”!! “Pois é … é chato morrer. Eu não queria. Mas vai ter que ser qualquer dia. Vou fumar mais um pra ver se esqueço”. Deviam partir para a agressividade! Do género “Fumar pode vir a anular-lhe a assinatura da Sport TV e do Sexy Hot”. Era ver os homens a fumar a medo! “Esta semana não fumo! Quero ver o Porto – Benfica no sábado!”. Ou então numa versão mais feminia “Fumar pode tornar a sua pele incompatível com maquilhagem!” ou “Fumar pode provocar celulite”. Isso sim eram medidas preventivas!
Mas devo dizer para terminar que não fumo, mas não tenho nada contra fumadores. Quase todos os meus amigos fumam. E ainda estão vivos!
Em primeiro lugar tenho que dizer que não fumo. E o problema começa logo por aí. Eu não gosto nada que me chamem de “fumador passivo”. Mas que raio de designação abichanada é essa? Dá ar que somos uns morcões sentados na mesa de café com cara de parvos, com um tipo em frente a fumar pra cima de nós de propósito e ainda a gozar com a nossa cara, e que no fim apaga o cigarro no meio da nossa testa. E nós ainda lhe pagamos o café! Isto é para mim um fumador passivo. Porque não são eles os “fumadores agressivos” ou os “chaminés com pernas” ou outra designação qualquer (aceitam-se sugestões). O objectivo não é denegrir a imagem deles? Eu não me importo que eles fumem, mas chamarem-me de passivo é que não! Devo bater em toda a gente que fuma à minha volta para mudarem a designação?
Também gosto muito das publicidades a tabaco que vemos nas revistas ou nas máquinas de cigarros. Estou-me a lembrar de repente de um grupo de jovens espadaúdos e moças roliças a disfrutarem do saudável prazer da vida à beira mar, a correrem pela areia molhada, a chapinar poeticamente a água uns para os outros. Quem fuma ali? É o fotógrafo? Não estou a dizer que pessoas bonitas e bem constituídas não fumam, mas o cenário idílico e hipócrita era escusado. Mas há um melhor ainda. Aquele em que um grupo de jovens radicais faz uma escalada, aparecendo o nome da marca num canto. Ok … Mesmo que eles fumem, será aquele o lugar apropriado? “Não há nada melhor que subir 200 metros de escarpa rochosa para fumar um cigarro sossegado! Nada me tirar esse prazer”. O mais provável é o gajo que fuma estar à espera no café a matar uns finos, para depois irem todos jantar. Para mim estas publicidades são no estilo “onde está o Wally?”. Já encontrei pessoas coladas nas máquina de tabaco à procura do fumador. “- Olha, eu acho que está ali entre o arbusto e o lobo de alsácia. – Estás parva! Tenho a certeza que é aquela mancha negra perto da cascata. Ao pé dos canoistas!”
Mas agora sim! Isto vai acabar! Com as frases aterradoras que figuram nos maços de tabaco! “Fumar Mata”!! “Pois é … é chato morrer. Eu não queria. Mas vai ter que ser qualquer dia. Vou fumar mais um pra ver se esqueço”. Deviam partir para a agressividade! Do género “Fumar pode vir a anular-lhe a assinatura da Sport TV e do Sexy Hot”. Era ver os homens a fumar a medo! “Esta semana não fumo! Quero ver o Porto – Benfica no sábado!”. Ou então numa versão mais feminia “Fumar pode tornar a sua pele incompatível com maquilhagem!” ou “Fumar pode provocar celulite”. Isso sim eram medidas preventivas!
Mas devo dizer para terminar que não fumo, mas não tenho nada contra fumadores. Quase todos os meus amigos fumam. E ainda estão vivos!