Blue Velvet

quinta-feira, dezembro 23, 2004

A Marta

Não sei o que a Marta pensa fazer a nível publicitário numa perspectiva a médio-longo prazo, mas uma coisa tenho a certeza. A menos que tenha um acidente onde fique inválida, a sua ligação com a companhia de seguros acabará brevemente. Embora, seja uma personagem familiar, e querida entre os telespectadores já se começa a tornar o Alberto João Jardim da publicidade a seguros. No fundo, a Marta tornou-se aquilo que o Santana queria fazer na vida política. Encontrou uma oportunidade e agarrou-a com ambos os braços. Mas enquanto numa basta uma voz bonita e um palminho de cara, na outra já se está a falar em liderança e inteligência, qualidades que costumam ser importantes na eleição daquele(s) que nos vai guiar rumo ao futuro. Para meu espanto, olhando para os candidatos que se perfilam, tirando obviamente o secretário geral do PCP (que é muito macho, afinal foi torneiro mecânico), estou com algumas dúvidas. Vão existir eleições para eleger o próximo PR ou para se contratar o substituto para a Marta? É que procurando as duas qualidades acima evidenciadas (liderança e inteligência) não encontro nenhuma em nenhum deles. Se falarmos em chico-espertismo, limitação intelectual, snobismo, vitimização e popularismo (da esquerda para a direita, começando e acabando nos radicais) aí a conversa já pia mais fino.Espero que a Marta esteja cheia de fazer publicidade e não se veja aos 70 anos a fazer publicidade para a promoção de chouriços e salpicões de um qualquer distribuidor. Ou então, que a ideia de publicitar faldras para a incontinência não seja a sua ideia de trabalho ideal. Por isso se quiser ter uma velhice descansada, ter um subsídio de reforma com 4 ou 5 zeros, depois de 2 ou 3 anos como directora-executiva de uma multinacional ou empresa ligada ao estado candidata-se a PR. Além de ser muito mais bonita, aposto que não tem metade dos defeitos. Mostrava que nós portugueses deixamos de ser burros. De querer mais do mesmo, de eleição para eleição e sempre a piorar. Dizem que pior é impossível, mas eu divido. Esperem pelas próximas. Por isso é que confesso: No dia que as urnas abrirem ou voto na Marta ou então terá que ser em branco.