Pedro Oliveira, O Censor
Há uns dias, pela primeira vez senti o que era a censura. Não estava à espera dela, mas fui atingido que nem um raio. E logo de um lado que eu não contava: O Esquerdo. Ouvi um ditado popular que diz que existem duas coisas às quais não conseguimos escapar: Os impostos e a morte. Quanto à morte nada tenho a dizer, agora essa de não conseguimos escapar aos impostos??? Acredito que foi brincadeira de alguém depois de uma noite de copos. Virou-se para os amigos e disse:
“- Ó pessoal, vamos inventar um ditado que não seja totalmente verdade, para baralhar o cérebro a quem o ouvir???”
O mais provável é o ditado não ser português. Porque se fosse, era óbvio que ele era:
“- Ó pessoal, vamos inventar um ditado que não seja totalmente verdade, para baralhar o cérebro a quem o ouvir???”
O mais provável é o ditado não ser português. Porque se fosse, era óbvio que ele era:
"- Podes não conseguir fugir a nada. À morte, à tua ex-namorada, ao bibi, à PJ. Mas concerteza consegues fugir aos impostos."
Claro que o gajo podia estar a ouvir o Zeca Afonso e confundir animar com enganar, e ficou-lhe debaixo da língua:
“- O que faz falta é enganar a malta, o que faz falta...”
E ele pumba. Inventou tão enganoso ditado. Como podem ver o alcool distorce a verdade, não bebam (não nos podemos esqueçer, mais uma vez, o público alvo do blog. Dos 5-14). E a música é um objecto do Demo, tapem os ouvidos.
Eu sei. Começo a falar em censura e já vou em ditados populares e a dar conselhos aos leitores. Mas tudo tem uma lógica.
Fui censurado por um blogue que costumo visitar todos os dias. O nome: Barnabé (como o burro). O censor de serviço: Pedro Oliveira. Imagino-o sentado em frente ao PC, fato com um corte horrendo, chapeu de coco, óculos redondos, bigode fino e uma caneta BIC de escrita grossa nas mãos. E sempre a deitar abaixo. O que disse, nada de especial. Insultei ou chamei nomes alguém? Não. Fiz alguma chalaça? Fiz. Disse que o Louçã era bisneto do Lenine. Quanto ao essencial que é a discussão de ideias dei apenas a minha perspectiva política. Boa ou má, não me cabe a mim decidir. Insultuosa ou passível de censura? Acho que não.
Entendo é que existindo uma caixa de comentários, todas as opiniões são válidas. Mesmo que escrevesse lá alguma coisa do tipo:
“- Foda-se, que é esta merda caralho? Ide censurar o caralho que vos foda e jágora começainde a ter sentido de humor!!!”
Primeiro: Sou um homem do norte e isto simplesmente quer dizer:
“-Então o que é isso? O meu objectivo não é ofender, apenas brincar um bocado. E vá lá, toca a ter um bocado de sentido de humor!!!”
Segundo: Ou se tem ou não se tem. Ou se deixa entrar ou não se deixa entrar. Sempre pensei que ter um porteiro à porta de um estabelecimento nocturno a barrar a entrada, baseando-se no aspecto das pessoas era uma estupidez. Anti-democrático. E principalmente, uma politica saloia e de direita. Para os comentários penso exactamente a mesma coisa. E qual não é o meu espanto que esses grandes esquerdistas, defensores da solidariedade e democracia sejam uns censores implacáveis. Já não existem panos bons, limpos. É só nodoas. Se no final tivesse comparado o Louçã ao Estaline (como pensei inicialmente) compreendia. Mas, pesei os prós e os contras. Telefonei à Fátima Campos Correia. E ela disse-me:
“- Já leste a Sabado? Na entrevista que o Louça dá ao MEC ele fala com admiração do Lenine.”
E assim dito, assim feito. Já sabia que no aspecto ideológico, a direita actual é conservadora, tacanha de espirito e de ideias. Não imaginava (por acaso já, nunca tinha dito antes) é que a esquerda fosse tão enjoada e sem sentido de humor. Então quando agulha vira para eles e brinca com as suas convicções ideológicas eles ficam doidos. É pena isso acontecer porque o fado só leva à depressão. Ficavam com menos rugas na cara e na alma. É excelente gozar os outros, as ideias dos outros, desde que as ideias sejam diferentes. Agora quando gozam connosco é que é o CARALHO. Mas lá está, é preciso ter estômago e acima de tudo sentido de humor. Coisa que está mais que visto, o Sr. Pedro Oliveira não tem.
Mas o que se pode fazer? Os grandes pensadores modernos andam a ser perseguidos. Já era de esperar. Primeiro o Luís Delgado, depois o Marcelo, depois o Louçã e agora Eu. Os censores estão cada vez mais a perder a vergonha. E sempre à procura de personalidades admiradas na sociedade portuguesa, pela sua isenção e integridade . Felizmente o Papa está no hospital e não se pode manifestar, caso contrário era o próximo a sofrer com tão indecoroso acto. O risco azul.
Mas não quero que pensem que fiquei amargurado, ou que depois deste post vou-me suicidar. Não. Continuarei a ler o Barnabé com uma religiosidade diária. Porque desde a quase ausência do Gato Fedorento não apreceu nenhum blogue ao nível da comédia que se possa comparar ao Burro Enjoado.
Eu sei. Começo a falar em censura e já vou em ditados populares e a dar conselhos aos leitores. Mas tudo tem uma lógica.
Fui censurado por um blogue que costumo visitar todos os dias. O nome: Barnabé (como o burro). O censor de serviço: Pedro Oliveira. Imagino-o sentado em frente ao PC, fato com um corte horrendo, chapeu de coco, óculos redondos, bigode fino e uma caneta BIC de escrita grossa nas mãos. E sempre a deitar abaixo. O que disse, nada de especial. Insultei ou chamei nomes alguém? Não. Fiz alguma chalaça? Fiz. Disse que o Louçã era bisneto do Lenine. Quanto ao essencial que é a discussão de ideias dei apenas a minha perspectiva política. Boa ou má, não me cabe a mim decidir. Insultuosa ou passível de censura? Acho que não.
Entendo é que existindo uma caixa de comentários, todas as opiniões são válidas. Mesmo que escrevesse lá alguma coisa do tipo:
“- Foda-se, que é esta merda caralho? Ide censurar o caralho que vos foda e jágora começainde a ter sentido de humor!!!”
Primeiro: Sou um homem do norte e isto simplesmente quer dizer:
“-Então o que é isso? O meu objectivo não é ofender, apenas brincar um bocado. E vá lá, toca a ter um bocado de sentido de humor!!!”
Segundo: Ou se tem ou não se tem. Ou se deixa entrar ou não se deixa entrar. Sempre pensei que ter um porteiro à porta de um estabelecimento nocturno a barrar a entrada, baseando-se no aspecto das pessoas era uma estupidez. Anti-democrático. E principalmente, uma politica saloia e de direita. Para os comentários penso exactamente a mesma coisa. E qual não é o meu espanto que esses grandes esquerdistas, defensores da solidariedade e democracia sejam uns censores implacáveis. Já não existem panos bons, limpos. É só nodoas. Se no final tivesse comparado o Louçã ao Estaline (como pensei inicialmente) compreendia. Mas, pesei os prós e os contras. Telefonei à Fátima Campos Correia. E ela disse-me:
“- Já leste a Sabado? Na entrevista que o Louça dá ao MEC ele fala com admiração do Lenine.”
E assim dito, assim feito. Já sabia que no aspecto ideológico, a direita actual é conservadora, tacanha de espirito e de ideias. Não imaginava (por acaso já, nunca tinha dito antes) é que a esquerda fosse tão enjoada e sem sentido de humor. Então quando agulha vira para eles e brinca com as suas convicções ideológicas eles ficam doidos. É pena isso acontecer porque o fado só leva à depressão. Ficavam com menos rugas na cara e na alma. É excelente gozar os outros, as ideias dos outros, desde que as ideias sejam diferentes. Agora quando gozam connosco é que é o CARALHO. Mas lá está, é preciso ter estômago e acima de tudo sentido de humor. Coisa que está mais que visto, o Sr. Pedro Oliveira não tem.
Mas o que se pode fazer? Os grandes pensadores modernos andam a ser perseguidos. Já era de esperar. Primeiro o Luís Delgado, depois o Marcelo, depois o Louçã e agora Eu. Os censores estão cada vez mais a perder a vergonha. E sempre à procura de personalidades admiradas na sociedade portuguesa, pela sua isenção e integridade . Felizmente o Papa está no hospital e não se pode manifestar, caso contrário era o próximo a sofrer com tão indecoroso acto. O risco azul.
Mas não quero que pensem que fiquei amargurado, ou que depois deste post vou-me suicidar. Não. Continuarei a ler o Barnabé com uma religiosidade diária. Porque desde a quase ausência do Gato Fedorento não apreceu nenhum blogue ao nível da comédia que se possa comparar ao Burro Enjoado.