Centros decisão
Devo dizer que estou-me bem a cagar sobre a importância de ter centros de decisão nacionais. O único centro de decisão nacional a que dou crédito é à minha cabeça e mesmo assim por vezes já a pensei vender a um espanhol que, se calhar, lhe daria melhor uso. Os centros de decisão têm estado cá desde que me lembro. O que tem acontecido? Cada vez estamos pior, e se as correções das decisões fossem pagas ao quilo, aì a uns 3 euros, penso que nem para um café dava, quanto mais para o jornal e o cigarro da ordem. O ideal era manter os nossos centros de decisão por cá e vender os nossos decisores, ou então trocá-los como os cromos. Era porreiro existir como no desporto, o mercado de tranferências. Decisor sueco foi trocado por 10 decisores portugueses mais uma caixa de Barca Velha, ou então, Alan Greenspan trocado por Vitor Constâncio mais Soraia Chaves (o Bush é burro mas é danado para a brincadeira). Claro que era uma peninha perder a Soraia mas o que se haveria de fazer? O interesse nacional acima de tudo. Claro que eles não são burros, merda basta ir à casa de banho ou aos esgotos. Veja-se o caso de uma Iberdrola. A sua representação nacional é gerida por um português que foi escolhido com base na análise de mais 100 CV’s vindo de todos os cantos do planeta e de minuciosas entrevistas feitas antes da decisão final. Por acaso foi este mesmo português que os ajudou a entrar na EDP quando era ministro, e é este mesmo mesmo português que continua com um lugarzinho no parlamento devido ao pouco trabalho e fraca renumeração ganha como gestor. Ouvi por confidente (que eventualmente perante bom negócio posso revelar o nome), que esse dinheiro quase nem dá para pagar o vicio que os filhos têm em Corn Flakes mensalmente, quanto mais para pagar todas as outras despesas. Embora a Iberdrola seja muito maior que a EDP e facture mais de o dobro, tem o mesmo número de empregados, como é que isto é possivel? Só mesmo os espanhois para fazerem magias destas. O que acontece é que a empresa fazendo parte da administração fica a par de toda a estratégia da companhia portuguesa para o mercado ibérico, na qual ela é sua concorrente. Bonito, não? Os burros dos decisores espanhois só porque não gostam deste tipo de novelas decidiram à muitos anos, que uma empresa por muito dinheiro que tenha, só pode ter no máximo, 3% de um seu concorrente. Concerteza não pensaram na economia e no entretenimento dos seus concidadãos. Nos periodicos que deixaram de vender, nos shares de audiência que não atingiram nos telejornais, na conversa do meio da manhã a acompanhar o café. Pelo menos para já os aumentos da energia só podem aumentar ao nível da inflação ao contrário dos da indústria que aumentaram à volta de 15% (penso eu), mas parece que mesmo isso vai mudar. Entendo que não é com preços desta alarvidade que se chamam empresas e se dinamiza a economia, mas atenção: Segurança Social, Impostos sobre petróleo e seus derivados, Tabaco J, Pão, Taxa de juro, Iva... Já não acham que o zé povinho está a pagar um preço justo? E querem manter os centros de decisão por cá....... é preciso não ter vergonha nenhuma na cara.