Ninguém Gosta de Nós ... Será?
Muito surpreendentemente surgiu um estudo de opinião a dizer que os alemães se tendem a afastar de Portugal como destino de férias. Estranho, não acham? Um país tão vocacionado para o turismo, até tem uma secretaria de estado do turismo no Algarve ou coisa que o valha! Pelos vistos os alemães não é só sol e vinho verde. Razões apontadas pelo estudo para tal afastamento: pouca qualificação dos profissionais do sector, pouca animação, pouca actividade cultural, não haver ligações de comboio funcionais, e os aviões como alternativa serem muito caros, entre outras razões.
Realmente, vemos o nível de atendimento e de formação que nos proporcionam em 90% dos estabelecimentos de restauração, hotelaria e afins, e podemos ver do que eles estão a falar. Em vez de o cliente tem sempre razão, assistimos a um inovador “o mais bronco e que fizer mais barulho tem sempre razão”. Quanto aos comboios, é pena não usarem uns Michelin e galgarem por essas IP’s a fora, porque nos carris não nos levam a outro lado que não seja Lisboa, Porto, Coimbra, Braga e Faro. Devagar e bem caro. Um dinheirão para gastar no Pendular e a ligação Porto Lisboa faz-se em 3 horas! No futebol temos os falsos lentos, esses jogadores de passada larga e ar bonacheirão que parecem correr devagar e surpreendem com uma rapidez inédita, e temos agora na cena ferroviária o falso rápido que é esse expresso requintado de seu nome Pendular. O nome deve vir daquele troço entre o Porto e pouco antes de Aveiro, já que aí o comboio abana por tudo o que é lado. Tentem ir ao interior do País de comboio! Deve ser mais fácil ir de barco ou de balão… Depois quanto a animação cultural nem sei o que dizer. Nem animação cultural é só Shakespeer nem só Emanuel. Nas baixas das nossas cidades é muito fácil levantar dinheiro à meia noite tantos os bancos existentes, mas é mais fácil ser-se assaltado a seguir do que o gastar numa cerveja, num chouriço assado ou num concerto de uma banda num bar. Em qualquer cidade europeia ruma-se ao centro da cidade e tem-se uma panóplia de opções em termos de restaurantes, bares, galerias, gente, animação espontânea, vida. No Porto (que é o que conheço melhor) ruma-se ao centro e temos 3 emblemáticas salas de espectáculos separadas por menos de 500 metros, o que é bom, e quase nenhum local para fazer horas para o espectáculo ou para se discutir a peça ou o concerto que fomos ver. Em Barcelona, em Madrid, em Londres, em Berlim, em Praga, em Cracóvia, e por aí fora, vão ao centro e não querem de lá sair.
Se cada vez mais jovens portugueses se querem mandar daqui para fora, porque haveriam os alemães de querer vir para cá? Sol há em outros países do mundo… e chapéus há muitos!
Realmente, vemos o nível de atendimento e de formação que nos proporcionam em 90% dos estabelecimentos de restauração, hotelaria e afins, e podemos ver do que eles estão a falar. Em vez de o cliente tem sempre razão, assistimos a um inovador “o mais bronco e que fizer mais barulho tem sempre razão”. Quanto aos comboios, é pena não usarem uns Michelin e galgarem por essas IP’s a fora, porque nos carris não nos levam a outro lado que não seja Lisboa, Porto, Coimbra, Braga e Faro. Devagar e bem caro. Um dinheirão para gastar no Pendular e a ligação Porto Lisboa faz-se em 3 horas! No futebol temos os falsos lentos, esses jogadores de passada larga e ar bonacheirão que parecem correr devagar e surpreendem com uma rapidez inédita, e temos agora na cena ferroviária o falso rápido que é esse expresso requintado de seu nome Pendular. O nome deve vir daquele troço entre o Porto e pouco antes de Aveiro, já que aí o comboio abana por tudo o que é lado. Tentem ir ao interior do País de comboio! Deve ser mais fácil ir de barco ou de balão… Depois quanto a animação cultural nem sei o que dizer. Nem animação cultural é só Shakespeer nem só Emanuel. Nas baixas das nossas cidades é muito fácil levantar dinheiro à meia noite tantos os bancos existentes, mas é mais fácil ser-se assaltado a seguir do que o gastar numa cerveja, num chouriço assado ou num concerto de uma banda num bar. Em qualquer cidade europeia ruma-se ao centro da cidade e tem-se uma panóplia de opções em termos de restaurantes, bares, galerias, gente, animação espontânea, vida. No Porto (que é o que conheço melhor) ruma-se ao centro e temos 3 emblemáticas salas de espectáculos separadas por menos de 500 metros, o que é bom, e quase nenhum local para fazer horas para o espectáculo ou para se discutir a peça ou o concerto que fomos ver. Em Barcelona, em Madrid, em Londres, em Berlim, em Praga, em Cracóvia, e por aí fora, vão ao centro e não querem de lá sair.
Se cada vez mais jovens portugueses se querem mandar daqui para fora, porque haveriam os alemães de querer vir para cá? Sol há em outros países do mundo… e chapéus há muitos!