Imortalidade
Estava a ler o blog do meu amigo JC quando um post deixado por ele me deixou pensativo. Agostinho da Silva, um dos mais paradoxais pensadores portugueses do sec.XX (segundo o síte do Instituto Camões, após pesquisa no google), disse que para um Homem marcar a sua passagem pelo mundo devia fazer: Um filho, um livro e uma árvore. Ao que o meu colega acrescentou Brilhar.
Fiquei em pânico. Tive que rever rapidamente a minha vida e as minhas prioridades, já que como qualquer ser humano tento atingir a perfeição, o que com algumas demonstrações matemáticas é o mesmo que dizer que aspiro à imortalidade.
Muitos começam a pensar, de que serve a imortalidade? Para mim, nada. Isto é, não sei. Depende. Vamos partir do pressuposto que ao morrer atingo a imortalidade, sem pensar se é com umas fisgas, umas flechas, uma kalashenikov. Atingo-a e pronto. Também deixe-mos de lado se a atingo de raspão num braço ou numa perna, deixando-a apenas com uma pequena cicatriz, ou então atingo-a no coração, no pescoço ou cabeça, matando-a ou deixando-a em estado comatoso.
Olhando para os casos desses famosos snippers, vejo que a imortalidade só interessa às gerações futuras. O dinheiro que poupam em flores frescas, todas as semanas, para pôr na campa é astronómico. Além do que, se tiver a sorte do Jim Morrison, tenho um charro a queimar na campa todos os dias, o que era optimo. Permitia-me, assim, Brilhar eternamente, e sem a ajuda de velas.
Mas fazendo uma análise às caracteristicas que me permitirão deixar a minha marca no mundo, só ainda concretizei uma: Brilhar. Não dá para ser sempre, mas em dias de festa tento sempre Brilhar intensamente. O desastre é quando se passa às outras caracteristicas. A árvore, não sei fazer nenhuma, mas posso plantar. Assim logo ao fim da tarde este assunto fica resolvido. Passando ao livro, se não for mais nada, faz-se uma colecta dos textos deste desprezivel blog. Embora a falta de qualidade seja notória penso que nos tempos que correm qualquer pessoa publica um livro. Não me posso esqueçer é de me filiar no bloco, ou virar treinador de futebol. Quanto ao filho...é a única situação que não depende apenas de mim...gostava que fosse com ELA... se algum dia deixa-se-mos de ser apenas amigos...e ELA me visse como um filho, um livro e uma àrvore...algúem que a ama, dá-lhe atenção e serve de âncora em dias de mar tumultuoso...parece-me que vendo as coisas nesta perspectiva...tou fodido. Pelo sim, pelo não vou doar o esperma para inseminação, e aí atingo a imortalidade a triplicar. Não conheçerei os meus filhos, mas uma pessoa que aspira a imortalidade quer é atingir o objectivo. O que interessa é que os tenha. Se os conheço ou não, se foram feitos ao natural ou não, isso são pormenores...ou não?
E eu a pensar que nunca ia deixar a minha marca no mundo que me rodeia. Pensava que era mais difícil. Era tão burro, tão inocente. Para a semana já serei imortal. Viram como é fácil? A chatice é que isso me vai trazer mais responsabilidades. Vou ter que comprar uma espada, aprender artes marciais, porque atenção, o Duncan McLoud vem atrás de mim. É que : “...there’s could be only one...”
Fiquei em pânico. Tive que rever rapidamente a minha vida e as minhas prioridades, já que como qualquer ser humano tento atingir a perfeição, o que com algumas demonstrações matemáticas é o mesmo que dizer que aspiro à imortalidade.
Muitos começam a pensar, de que serve a imortalidade? Para mim, nada. Isto é, não sei. Depende. Vamos partir do pressuposto que ao morrer atingo a imortalidade, sem pensar se é com umas fisgas, umas flechas, uma kalashenikov. Atingo-a e pronto. Também deixe-mos de lado se a atingo de raspão num braço ou numa perna, deixando-a apenas com uma pequena cicatriz, ou então atingo-a no coração, no pescoço ou cabeça, matando-a ou deixando-a em estado comatoso.
Olhando para os casos desses famosos snippers, vejo que a imortalidade só interessa às gerações futuras. O dinheiro que poupam em flores frescas, todas as semanas, para pôr na campa é astronómico. Além do que, se tiver a sorte do Jim Morrison, tenho um charro a queimar na campa todos os dias, o que era optimo. Permitia-me, assim, Brilhar eternamente, e sem a ajuda de velas.
Mas fazendo uma análise às caracteristicas que me permitirão deixar a minha marca no mundo, só ainda concretizei uma: Brilhar. Não dá para ser sempre, mas em dias de festa tento sempre Brilhar intensamente. O desastre é quando se passa às outras caracteristicas. A árvore, não sei fazer nenhuma, mas posso plantar. Assim logo ao fim da tarde este assunto fica resolvido. Passando ao livro, se não for mais nada, faz-se uma colecta dos textos deste desprezivel blog. Embora a falta de qualidade seja notória penso que nos tempos que correm qualquer pessoa publica um livro. Não me posso esqueçer é de me filiar no bloco, ou virar treinador de futebol. Quanto ao filho...é a única situação que não depende apenas de mim...gostava que fosse com ELA... se algum dia deixa-se-mos de ser apenas amigos...e ELA me visse como um filho, um livro e uma àrvore...algúem que a ama, dá-lhe atenção e serve de âncora em dias de mar tumultuoso...parece-me que vendo as coisas nesta perspectiva...tou fodido. Pelo sim, pelo não vou doar o esperma para inseminação, e aí atingo a imortalidade a triplicar. Não conheçerei os meus filhos, mas uma pessoa que aspira a imortalidade quer é atingir o objectivo. O que interessa é que os tenha. Se os conheço ou não, se foram feitos ao natural ou não, isso são pormenores...ou não?
E eu a pensar que nunca ia deixar a minha marca no mundo que me rodeia. Pensava que era mais difícil. Era tão burro, tão inocente. Para a semana já serei imortal. Viram como é fácil? A chatice é que isso me vai trazer mais responsabilidades. Vou ter que comprar uma espada, aprender artes marciais, porque atenção, o Duncan McLoud vem atrás de mim. É que : “...there’s could be only one...”