Aushwitz - Memória
Passam 60 anos da histórica libertação do campo de concentração de Aushwitz e a humanidade não aprendeu nada. Lições de moral à parte, que eu não tenho jeito para as dar, há coisas que me saltam à vista. Espero que por abrir aqui a minha mente não seja perseguido no metro, não ergam um muro à minha volta, nem me acusem de anti-semita. Sou apenas um pobre ser pensante, a quem por ventura a propaganda não tenha feito tanto efeito.
Estamos todos de acordo que os judeus passaram algo inimaginável nas mãos dos alemães durante a segunda grande guerra. Foram perseguidos, torturados, humilhados, mortos. Mas que raio de visão selectiva, ou cegueira colectiva, permite que cada vez que se fala da segunda guerra mundial apenas se fale na matança de judeus, e não se complete o rol com outros perseguidos? Nunca se fala dos outros. Nunca se lembra os outros. Muita gente nem sabe que houve outros. Eu já estive em Aushwitz. Uma experiência algo desagradável mas, penso eu, obrigatória para qualquer ser humano. Lá, numa das casernas usadas como mostruário de provas e factos relativos ao que ali se passou, figura um decreto assinado por Hitler. Um decreto dos primeiros tempos de ocupação relativo à perseguição de determinados grupos específicos. Eram eles os roman (ciganos), polacos, e judeus. Os ciganos aliás, foram dos primeiros a serem perseguidos. Mas disto ninguém fala. Os ciganos vendem pólos Ralph Lauren na feira de espinho e os judeus têm bancos, deputados, congressistas e governadores nos EUA, petróleo, armas poderosas, e outros extras. Ninguém fala dos outros povos mortos e humilhados. Apenas os judeus parecem ter direito à história. O que eles passaram nunca deverá ser esquecido. Mas deverá ser lembrado também que outros passaram pelo mesmo. E foram bem mais do que aqueles que muitos imaginam.
Está de certo modo claro porque o lobby judaico pelo mundo inteiro, com maior incidência no americano que é ultra poderoso, insiste em lembrar a história, esquecendo outros companheiros de dor. Enquanto o mundo se curva em comiseração e angustia, existe uma margem de tolerância em relação a atitudes por eles tomadas. Do género o puto a bater noutro na escola... “Coitadinho. O pai dele apanhou tanto no colégio e agora ele é assim. Não lhe ralhes…”.
Ou seja, não estou a negar o direito ao respeito pelo passado judaico. Nunca deverá ser esquecido aquilo que um dia se passou. Apenas acho que há mais pessoas que merecem a honra da memória.
Estamos todos de acordo que os judeus passaram algo inimaginável nas mãos dos alemães durante a segunda grande guerra. Foram perseguidos, torturados, humilhados, mortos. Mas que raio de visão selectiva, ou cegueira colectiva, permite que cada vez que se fala da segunda guerra mundial apenas se fale na matança de judeus, e não se complete o rol com outros perseguidos? Nunca se fala dos outros. Nunca se lembra os outros. Muita gente nem sabe que houve outros. Eu já estive em Aushwitz. Uma experiência algo desagradável mas, penso eu, obrigatória para qualquer ser humano. Lá, numa das casernas usadas como mostruário de provas e factos relativos ao que ali se passou, figura um decreto assinado por Hitler. Um decreto dos primeiros tempos de ocupação relativo à perseguição de determinados grupos específicos. Eram eles os roman (ciganos), polacos, e judeus. Os ciganos aliás, foram dos primeiros a serem perseguidos. Mas disto ninguém fala. Os ciganos vendem pólos Ralph Lauren na feira de espinho e os judeus têm bancos, deputados, congressistas e governadores nos EUA, petróleo, armas poderosas, e outros extras. Ninguém fala dos outros povos mortos e humilhados. Apenas os judeus parecem ter direito à história. O que eles passaram nunca deverá ser esquecido. Mas deverá ser lembrado também que outros passaram pelo mesmo. E foram bem mais do que aqueles que muitos imaginam.
Está de certo modo claro porque o lobby judaico pelo mundo inteiro, com maior incidência no americano que é ultra poderoso, insiste em lembrar a história, esquecendo outros companheiros de dor. Enquanto o mundo se curva em comiseração e angustia, existe uma margem de tolerância em relação a atitudes por eles tomadas. Do género o puto a bater noutro na escola... “Coitadinho. O pai dele apanhou tanto no colégio e agora ele é assim. Não lhe ralhes…”.
Ou seja, não estou a negar o direito ao respeito pelo passado judaico. Nunca deverá ser esquecido aquilo que um dia se passou. Apenas acho que há mais pessoas que merecem a honra da memória.