quinta-feira, maio 31, 2007
Futebol é arte, magia e alegria.
E digo apenas só mais uma coisa. Já vi pessoas serem internadas em hospícios e serem declaradas incapazes para trabalhar por bem menos. Enquanto isso, o luto perdurará, e a punheta das quintas feiras será adiada para um dia em que o animo seja maior. E só consigo dormir, porque sei que, ao fim do dia, esses grandes jogadores como o Mareque, R. Costa, João Paulo, Jorginho, Alan, Sektoui, Diogo Valente, Lino, Ezequias, Postiga, Renteria e Ibson continuarão no Porto. Só tenho pena do Sokota ter ido para a Croácia por motivos familiares e jogadores da craveira do Léo Lima, Pitbull, Leandro do Bonfim, Ivanildo não terem as oportunidades que merecem. Talvez para o ano. Quanto ao Jurema, Diego, Hugo Almeida, Pedro Mendes e Luis Fabiano eram muito fraquinhos. Ainda bem que os despachamos...
quarta-feira, maio 30, 2007
Concerto Portátil
#50.2 - Sufjan Stevens (MusicNow) - The lakes of Canada
Uploaded by lablogotheque
Já agora, deixo uma nova música do Sufjan Stevens - In The Words Of Governor, musica gravada para o próximo número da revista Believer.
Eles estão a chegar
The New Pornographers - My Rights Versus Yours
Ouvi estes pornógrafos pela primeira vez quando lançaram o último álbum, Twin Cinema de 2005. Power Pop de primeira apanha, que te põe bem disposto logo ao primeiro acorde. Depois isto é como qualquer vício. Quanto mais se ouve mais se quer ouvir. Quanto mais se descobre mais se quer descobrir. Electric Version. Mass Romantic. Pelo meio descubro que o Dan Bejar que lançou o Destroyer's Rubies faz parte do colectivo, assim como a Neko Case, A.C. Newman e muitos outros. Dia 21 de Agosto lançam o álbum Challengers.
Use It (Twin Cinema)
The Slow Descent Into Alcoholism (Mass Romantic)
When I Was a Baby
Ballad Of A Comeback Kid (Electric Version)
Ouvi estes pornógrafos pela primeira vez quando lançaram o último álbum, Twin Cinema de 2005. Power Pop de primeira apanha, que te põe bem disposto logo ao primeiro acorde. Depois isto é como qualquer vício. Quanto mais se ouve mais se quer ouvir. Quanto mais se descobre mais se quer descobrir. Electric Version. Mass Romantic. Pelo meio descubro que o Dan Bejar que lançou o Destroyer's Rubies faz parte do colectivo, assim como a Neko Case, A.C. Newman e muitos outros. Dia 21 de Agosto lançam o álbum Challengers.
Use It (Twin Cinema)
The Slow Descent Into Alcoholism (Mass Romantic)
When I Was a Baby
Ballad Of A Comeback Kid (Electric Version)
Serralves em festa
Este fim de semana Serralves vai estar em festa. Além de todos os eventos que por lá vão passar, gostava de notar a presença do senhor Noah Lennox aka Panda Bear, membro dos Animal Collective, que vai apresentar material próprio. Meus amigos e minhas amigas, caso se dêem ao trabalho de se deslocar domingo entre as 19h30 e as 20h30 ao ténis arriscam-se a ouvir um dos albuns do ano. Deixo-vos o video de Bros. O mp3 está aqui.
terça-feira, maio 29, 2007
Conhecedor Processos (II)
(A.B.)- Meus senhores, bem vindos de volta à segunda parte do novo concurso “Conhecedor de Processos”. Os concorrentes, o primeiro-ministro e licenciado em Engenharia Civil José Sócrates, assim como o licenciando em Direito e líder do PPD/PSD Marques Mendes estão prontos para iniciar o concurso. Conforme disse, antes do intervalo, o primeiro a escolher o dossier para demonstrar todo o seu conhecimento é o LDLPPD/PSD Marques Mendes.
(M.M.)- Bem, sendo assim, gostaria de escolher o Dossier sobre o Poceirão.
(J.S.)- Quem diria caro colega.
(M.M.)- Eu não sou seu colega.
(A.B.)- Dr. Marques Mendes, quem estudou o dossier aponta um par de problemas para a construção do novo aeroporto no Poceirão. Quais são esses problemas?
(M.M.)- Uhm…Uhm…
(A.B.)- Tem mais 20 segundos… O relógio não pára.
(M.M.)- Uhm… Uhm…
(A.B.)- O seu tempo acabou. Engenheiro Sócrates? Desculpe. PMLEC Sócrates quer responder à pergunta?
(J.S.)- !!!
(A.B.)- Tem mais 30 segundos.
(J.S.)- Uhm…
(A.B.)- E o tempo acabou. E nenhum dos concorrentes acertou na resposta certa.
(M.M.)- Desculpa mas o sr. está a fugir à temática do concurso.
(J.S.)- Pela primeira vez concordo consigo colega. Pensava que o objectivo, eu que sou um expert em dossiers, era conhecer o dossier e não o seu conteúdo.
(A.B.)- Ah??? Por favor…
(M.M.)- Eu conheço muito bem o conteúdo do dossier!!! Conteúdo… Até fica mal a palavra na frase.
(A.B.)- Desculpem?
(M.M.)- O dossier do Poceirão eu sei tudo acerca deste dossier, mas essas perguntas estapafúrdias, eu não sei, nem tenho que saber. Para isso leio-o. Agora que o dossier tem 30 mm, A4, capa vermelha, muito bom para disciplinar um colega do partido que se tenha portado mal ou o ideal para ser colocado em cima de uma mesa de café, especialmente aquelas importadas da América do Sul, de Java, Indonésia.
(J.S.)- Muito bem colega. Não podia concordar mais consigo. O dossier da Ota que eu trouxe não casa bem nessas mesas, mas nas do século XVIII vindas de França fica que é um mimo. Ninguém diria que o dossier foi escrito propositadamente para o governo de Portugal. A maneira como a capa se funde, quase literalmente, com o tampo da mesa obriga o inexperiente conhecedor a dizer que foi o próprio Luís XV que o escreveu com a própria mão. E depois são apenas 5mm de dossier. Que, para quem leva isto dos dossiers com paixão, é um dossier multiusos. Não só dá para disciplinar um ministro mais gozão, como é muito bom para bater em filhos mal comportados, ou mesmo malucas que gostem de sentir uma ponta de dor. Sabe? Aquelas toleironas. Eh, Eh.
(M.M.)- Colega, se o Bill ainda estivesse no poder era gajo para lho pedir emprestado. Eh, Eh, Eh. Ganda noia.
(J.S.)- E não deixa marca.
(A.B.)- Mas, mas…
(J.S.)- Colega já viu o dossier da reforma da Segurança Social?
(M.M.)- Ainda não. Mas ouvi dizer que estava um espectáculo.
(J.S.)- Olhe quando o vi pela primeira vez até me vieram as lágrimas aos olhos. Disse para os meus botões: “Este dossier tem que ser meu!”. Foi por isso que despachei o Costa para a CML e fiquei com o assunto sobre a minha alçada.
(M.M.)- Pensava que o tinha despachado pela competência.
(J.S.)- Acha? No fim do concurso vem lá a casa. Olhe, 50mm de papel, A4, todo azul e branco em honra ao Porto, mas um azul com classe, letra Times New Roman. E como fica bem nesta nova colecção de mesas de café da Ikea! Meu Deus. Vê-se que a sua inspiração é muito contemporânea. E bem usado é uma autêntica arma de destruição maciça.
(M.M.)- Maciça ou massiva?
(J.S.)- O cú do Alberto João é maciço ou massivo?
(M.M.)- Penso que é maciço…
(J.S.)- Então é de destruição maciça.
(A.B.)- Mas…Mas…
(M.M.)- Bem, sendo assim, gostaria de escolher o Dossier sobre o Poceirão.
(J.S.)- Quem diria caro colega.
(M.M.)- Eu não sou seu colega.
(A.B.)- Dr. Marques Mendes, quem estudou o dossier aponta um par de problemas para a construção do novo aeroporto no Poceirão. Quais são esses problemas?
(M.M.)- Uhm…Uhm…
(A.B.)- Tem mais 20 segundos… O relógio não pára.
(M.M.)- Uhm… Uhm…
(A.B.)- O seu tempo acabou. Engenheiro Sócrates? Desculpe. PMLEC Sócrates quer responder à pergunta?
(J.S.)- !!!
(A.B.)- Tem mais 30 segundos.
(J.S.)- Uhm…
(A.B.)- E o tempo acabou. E nenhum dos concorrentes acertou na resposta certa.
(M.M.)- Desculpa mas o sr. está a fugir à temática do concurso.
(J.S.)- Pela primeira vez concordo consigo colega. Pensava que o objectivo, eu que sou um expert em dossiers, era conhecer o dossier e não o seu conteúdo.
(A.B.)- Ah??? Por favor…
(M.M.)- Eu conheço muito bem o conteúdo do dossier!!! Conteúdo… Até fica mal a palavra na frase.
(A.B.)- Desculpem?
(M.M.)- O dossier do Poceirão eu sei tudo acerca deste dossier, mas essas perguntas estapafúrdias, eu não sei, nem tenho que saber. Para isso leio-o. Agora que o dossier tem 30 mm, A4, capa vermelha, muito bom para disciplinar um colega do partido que se tenha portado mal ou o ideal para ser colocado em cima de uma mesa de café, especialmente aquelas importadas da América do Sul, de Java, Indonésia.
(J.S.)- Muito bem colega. Não podia concordar mais consigo. O dossier da Ota que eu trouxe não casa bem nessas mesas, mas nas do século XVIII vindas de França fica que é um mimo. Ninguém diria que o dossier foi escrito propositadamente para o governo de Portugal. A maneira como a capa se funde, quase literalmente, com o tampo da mesa obriga o inexperiente conhecedor a dizer que foi o próprio Luís XV que o escreveu com a própria mão. E depois são apenas 5mm de dossier. Que, para quem leva isto dos dossiers com paixão, é um dossier multiusos. Não só dá para disciplinar um ministro mais gozão, como é muito bom para bater em filhos mal comportados, ou mesmo malucas que gostem de sentir uma ponta de dor. Sabe? Aquelas toleironas. Eh, Eh.
(M.M.)- Colega, se o Bill ainda estivesse no poder era gajo para lho pedir emprestado. Eh, Eh, Eh. Ganda noia.
(J.S.)- E não deixa marca.
(A.B.)- Mas, mas…
(J.S.)- Colega já viu o dossier da reforma da Segurança Social?
(M.M.)- Ainda não. Mas ouvi dizer que estava um espectáculo.
(J.S.)- Olhe quando o vi pela primeira vez até me vieram as lágrimas aos olhos. Disse para os meus botões: “Este dossier tem que ser meu!”. Foi por isso que despachei o Costa para a CML e fiquei com o assunto sobre a minha alçada.
(M.M.)- Pensava que o tinha despachado pela competência.
(J.S.)- Acha? No fim do concurso vem lá a casa. Olhe, 50mm de papel, A4, todo azul e branco em honra ao Porto, mas um azul com classe, letra Times New Roman. E como fica bem nesta nova colecção de mesas de café da Ikea! Meu Deus. Vê-se que a sua inspiração é muito contemporânea. E bem usado é uma autêntica arma de destruição maciça.
(M.M.)- Maciça ou massiva?
(J.S.)- O cú do Alberto João é maciço ou massivo?
(M.M.)- Penso que é maciço…
(J.S.)- Então é de destruição maciça.
(A.B.)- Mas…Mas…
Mikael sucede a Tony
Ontem, no telejornal da TVI, passou uma reportagem sobre o novo ícone da canção portuguesa. Mikael Carreira. Com apenas um álbum editado, o miúdo tem uma legião de fãs verdadeiramente fanáticas. Ao ver esta histeria toda, confrontei os meus fantasmas, e finalmente percebi porque a minha vida sexual anda tão fraquinha. Não tenho um cabelo tão bonito. Não tenho um peito "duty-free" de pêlos que possa andar sempre à mostra. O meu nome não inclui um "K", um "Y" ou um "W" que lhe dêem um toque estrangeirado. Tenho uma pilinha trabalhadora mas não me serve de nada. As primeiras impressões são tudo.
segunda-feira, maio 28, 2007
Código
Tal como na moda o preto costuma ser o novo branco, nas estradas de Portugal a esquerda é a nova direita.
Boa fama
Se existe algum blogue que pode ser considerado serviço público, esse blogue chama-se Má Fama. Este blogue tem os podcasts feito pelo Sérgio Hydalgo na Rádio Zero. E se já não bastava apenas isto, costumam ser convidados para o programa artistas do calibre do Panda Bear, JP Simões, Josephine Foster, Ben Chasny dos Six Organs of Admittance, Colleen e muitos outros. É aproveitar e não esqueçer de agradecer ao autor por tão bom gosto. Sérgio Hydalgo a presidente da Câmara de Lisboa.
sexta-feira, maio 25, 2007
O APRESENTADOR (com maiuscula).
Eládio Clímaco, esse ícone da cultura popular portuguesa, deu uma entrevista à Visão onde diz que não se casou porque os papás não deixaram. Não pude deixar de me entristecer e revoltar com esta tremenda injustiça. Não pelo Eládio Clímaco, mas porque me lembrei de um amigo meu. Era gay, pediu aos pais se lhe podiam emprestar dinheiro para ir casar com o seu mais que tudo à Holanda e eles recusaram. Sei que uma situação não tem nada a ver com outra, mas o resultado foi o mesmo. Quatro pessoas, em determinado momento da vida, não foram felizes devido à intervenção negativa daqueles que mais os deviam apoiar.
Gostaria de analisar os fenómenos por trás desta recusa. Não do meu amigo, porque esses eu sei, mas por trás da nega que o Eládio Clímaco levou. A principal razão, segundo o espírito dum familiar dele que me apareceu em sonhos, deve-se ao facto dos papás do menino não quererem abrir mão dele. Achavam que aos 25 anos, ainda não tinha maturidade suficiente para assumir um compromisso tão importante. Ainda tinha hábitos de menino. À noite, por volta das 22h, continuava a fazer birra caso a mamã se esquecesse de lhe levar o leite, magro, com uma colher de mel. Isto para não falar do Loverboy. Ursinho de peluche oferecido por amigos do ballet, caso não estivesse sempre em cima da cama, ao pé das almofadas, levava a que o menino Ladinho abrisse aquelas goelas e emitisse uns estranhos sons. Estranhos e estridentes. Quem presenciou o fenómeno, este espírito jura-me a pés juntos que é verdade, diz que era um cruzamento entre Zé Cabra com um garrafão de vinho em cima, e Maria Callas em fim de carreira. O pai, homem rijo, criado à base da porrada e de sopas de vinho, tinha já casado os três filhos mais velhos. Antes do casório de cada um, tinha ido às putas, pagado um menáge à trois (pai, filho e respectiva prestadora de serviços) como prenda secreta de casamento, e não seria agora que ia quebrar tão bonita tradição familiar. Achava também que ainda não tinha passado todos os ensinamentos necessários para que o filho pudesse fazer a escolha mais acertada. No entender dele, faltava ensinar ao bebé, que uma mulher maior que ele e com uma grande pujança física, não seria a esposa ideal porque punha em causa a porrada semanal. É que, segundo o pai, não havia nada como chegar a casa à sexta-feira e, depois de jogar umas biscas lambidas e emborcar umas malgas de vinho, dar uma porrada à sua mulher. Porrada mas com muito amor. De preferência a ouvir o Sexual Healing do Marvin Gaye. O stress da semana de trabalho desaparecia e ela não tinha possibilidade de lhe chatear a cabeça por causa do vinho, já que o primeiro golpe devia ser dado sempre na boca. Acima de tudo mostrava que a mulher não lhe era indiferente e ainda lhe mexia com os sentimentos. O pai também achava que um homem nunca se casa sem antes já ter duas amantes, caso contrário, o casamento nunca se iria aguentar até “que a morte os separe”. Não defendia que deviam ser sempre as mesmas amantes, para isso basta a esposa, mas deviam ser sempre duas. Assim a probabilidade das três terem o período ao mesmo tempo era bastante reduzida, garantindo que o macho e acima de tudo, bom cristão, perpetuasse a espécie.
Claro que o Eládio podia ter-se revoltado com esta falta de compreensão e fugido, mas isso não se fazia. Além da chatice de ter que começar a fazer o próprio leite, uma filha da putiçe destas com os próprios pais, o sangue do seu sangue, seria, no entender dele, um bocado gay. Coisa que ele não era, nunca foi, nem nunca será.
Gostaria de analisar os fenómenos por trás desta recusa. Não do meu amigo, porque esses eu sei, mas por trás da nega que o Eládio Clímaco levou. A principal razão, segundo o espírito dum familiar dele que me apareceu em sonhos, deve-se ao facto dos papás do menino não quererem abrir mão dele. Achavam que aos 25 anos, ainda não tinha maturidade suficiente para assumir um compromisso tão importante. Ainda tinha hábitos de menino. À noite, por volta das 22h, continuava a fazer birra caso a mamã se esquecesse de lhe levar o leite, magro, com uma colher de mel. Isto para não falar do Loverboy. Ursinho de peluche oferecido por amigos do ballet, caso não estivesse sempre em cima da cama, ao pé das almofadas, levava a que o menino Ladinho abrisse aquelas goelas e emitisse uns estranhos sons. Estranhos e estridentes. Quem presenciou o fenómeno, este espírito jura-me a pés juntos que é verdade, diz que era um cruzamento entre Zé Cabra com um garrafão de vinho em cima, e Maria Callas em fim de carreira. O pai, homem rijo, criado à base da porrada e de sopas de vinho, tinha já casado os três filhos mais velhos. Antes do casório de cada um, tinha ido às putas, pagado um menáge à trois (pai, filho e respectiva prestadora de serviços) como prenda secreta de casamento, e não seria agora que ia quebrar tão bonita tradição familiar. Achava também que ainda não tinha passado todos os ensinamentos necessários para que o filho pudesse fazer a escolha mais acertada. No entender dele, faltava ensinar ao bebé, que uma mulher maior que ele e com uma grande pujança física, não seria a esposa ideal porque punha em causa a porrada semanal. É que, segundo o pai, não havia nada como chegar a casa à sexta-feira e, depois de jogar umas biscas lambidas e emborcar umas malgas de vinho, dar uma porrada à sua mulher. Porrada mas com muito amor. De preferência a ouvir o Sexual Healing do Marvin Gaye. O stress da semana de trabalho desaparecia e ela não tinha possibilidade de lhe chatear a cabeça por causa do vinho, já que o primeiro golpe devia ser dado sempre na boca. Acima de tudo mostrava que a mulher não lhe era indiferente e ainda lhe mexia com os sentimentos. O pai também achava que um homem nunca se casa sem antes já ter duas amantes, caso contrário, o casamento nunca se iria aguentar até “que a morte os separe”. Não defendia que deviam ser sempre as mesmas amantes, para isso basta a esposa, mas deviam ser sempre duas. Assim a probabilidade das três terem o período ao mesmo tempo era bastante reduzida, garantindo que o macho e acima de tudo, bom cristão, perpetuasse a espécie.
Claro que o Eládio podia ter-se revoltado com esta falta de compreensão e fugido, mas isso não se fazia. Além da chatice de ter que começar a fazer o próprio leite, uma filha da putiçe destas com os próprios pais, o sangue do seu sangue, seria, no entender dele, um bocado gay. Coisa que ele não era, nunca foi, nem nunca será.
quinta-feira, maio 24, 2007
Icky Thump
Eu sei que hoje já pus neste tasco muita música e pouco texto. Mas o que querem? É o novo videoclip dos grandes White Stripes, que amanhã vai aparecer por todo o lado. A Meg White a fazer de prostituta mexicana com um olho branco está um espectáculo. Já ouviram a anedota da prostituta que fazia um fellatio e cantava ao mesmo tempo? Não tem grande piada, veio-me à cabeça assim que vi o personagem.
quarta-feira, maio 23, 2007
Balanço Semestral (ou quase)
O primeiro semestre de 2007 está quase, quase a chegar ao fim (mais mês menos mês...), por isso sinto-me na obrigação de compartilhar convosco os seis albuns que mais gostei. Assim sendo, sem ordem aparente e sem grandes explicações:
Menomena - Friend And Foe
Musica: The Pelican ( Live) +
Musica: The Pelican ( Live) +
Arcade Fire - Neon Bible
Musica: No Cars Go (Live)
Musica: No Cars Go (Live)
Piada fácil dois em um. Tão seca, tão seca que mete pena
Algures na Dren:
Funcionário 1: Viste ontem o telejornal? O Freitas do Amaral deu a última aula.
Funcionário 2: Vi. Alunos é que tinha poucos. Era só estrelas.
Funcionário 1: Sim. Estrelas... Cadentes. O PM estava lá a assistir.
Funcionário 2: Estava...Parece que se for a mais duas aulas, com outro professor qualquer, obtém a licenciatura a Direito Administrativo.
Funcionário 1: Pois... Já nem me lembrava que os génios não precisam de grandes ensinamentos. Mas sou-te sincero. Pensava que ele tinha ido à aula para compensar a média.
Funcionário 2: Média?
Funcionário 1: Sim. Média da quantidade de vezes que ele pôs os pés na universidade para tirar licenciatura e pós-graduação. Parece que bateu um novo recorde mundial.
Disclaimer: Se és funcionário público e achaste um piadão a estas meia dúzia de linhas vai para casa dormir porque estiveste a beber bebidas alcoólicas. Se consegues fazer o quatro e o sete, por favor guarda a piada para ti próprio. Se não te consegues conter e tens mesmo que contar alguém, deixa para a noite e partilha-a com a família, namorada/o ou amigos. Não tens família, namorada/o e amigos? Se não quiseres perder o emprego aconselho a primeiro te alistares no partido do poder e depois contares. Não te queres alistar no partido do poder? Azar do caraças, já devias saber que o mundo não é perfeito e que a P.I.D.E. só acabou na teoria. Na prática é mais complicado...
Funcionário 1: Viste ontem o telejornal? O Freitas do Amaral deu a última aula.
Funcionário 2: Vi. Alunos é que tinha poucos. Era só estrelas.
Funcionário 1: Sim. Estrelas... Cadentes. O PM estava lá a assistir.
Funcionário 2: Estava...Parece que se for a mais duas aulas, com outro professor qualquer, obtém a licenciatura a Direito Administrativo.
Funcionário 1: Pois... Já nem me lembrava que os génios não precisam de grandes ensinamentos. Mas sou-te sincero. Pensava que ele tinha ido à aula para compensar a média.
Funcionário 2: Média?
Funcionário 1: Sim. Média da quantidade de vezes que ele pôs os pés na universidade para tirar licenciatura e pós-graduação. Parece que bateu um novo recorde mundial.
Disclaimer: Se és funcionário público e achaste um piadão a estas meia dúzia de linhas vai para casa dormir porque estiveste a beber bebidas alcoólicas. Se consegues fazer o quatro e o sete, por favor guarda a piada para ti próprio. Se não te consegues conter e tens mesmo que contar alguém, deixa para a noite e partilha-a com a família, namorada/o ou amigos. Não tens família, namorada/o e amigos? Se não quiseres perder o emprego aconselho a primeiro te alistares no partido do poder e depois contares. Não te queres alistar no partido do poder? Azar do caraças, já devias saber que o mundo não é perfeito e que a P.I.D.E. só acabou na teoria. Na prática é mais complicado...
segunda-feira, maio 21, 2007
Conhecedor Processos (I)
(Apresentador Banal)- Bem vindos ao primeiro programa de “O Conhecedor de Processos” na TVI. Neste primeiro programa vão se apresentar perante o telespectador dois grandes vultos do conhecimento de processos português. No centro, um bocadinho a descair para o lado direito, o licenciado em direito, líder do partido da oposição, Marques Mendes. Também no centro, um bocadinho a descair para o lado esquerdo, o licenciado em engenharia civil, primeiro-ministro português, José Sócrates. Como estão? Prontos para iniciarem o concurso?
(Marques Mendes)- Desculpe, mas não. Preciso de um banco para chegar convenientemente ao botão.
(José Sócrates)- Eu também não. Falta-me o teleponto.
(A.B.)- Desculpe Eng. Sócrates mas estamos num concurso. Além de ser batota, se o deixasse utilizar o teleponto estaria a ser incorrecto com o outro concorrente!
(J.S.)- Antes do mais deixe-me notar que eu não sou engenheiro. Sou licenciado em engenharia…
(A.B.)- Desculpe o engano.
(M.M.)- Este banco não poderia ter uma base maior? É para me equilibrar mais à vontade sem correr riscos de cair ao chão.
(J.S.)- Por mim não faz mal, mas não gosto que enganem a população, especialmente na minha presença. Voltando ao teleponto. Não vejo o problema. Eu sou o primeiro-ministro. Eu tenho a maioria absoluta. E depois, acho um ultraje que estando o governo, a implementar um dos mais espectaculares Planos Tecnológicos alguma vez implementados a nível planetário, não sejam disponibilizados aos concorrentes dois telepontos.
(A.B.)- É contra as regras do concurso. Desculpe, mas não pode ser. Pelo sorteio realizado previamente, é o licenciadoem direito Marques Mendes quem escolhe o primeiro Dossier.
(J.S.)- Só uma coisa. Dispenso o teleponto, mas não posso trazer o António José Morais?
(M.M.)- Se ele traz o Morais, eu quero o Carmona!
(A.B.)- Não! Não podem.
(J.S.)- Luís Arouca? Please, please, please…
(M.M.)- Alberto João? Era uma gande noia. Vá lá, vá lá…
(A.B.)- Já chega caraças. Sr. Marques Mendes escolha o primeiro dossier se faz favor.
(M.M.)- Desculpe. Sr. Licenciadoem Direito Marques Mendes , se faz favor. O senhor não andou comigo na escola…
(J.S.)- Oh Marques, deixa-te de frescuras e escolhe logo. Tenho mais que fazer. Entre as 21h e as 23h, tenho que escrever a minha tese doutoramento que vai ser avaliada amanhã.
(M.M.)- Ai sim? Estás a ver se entras no guiness é? E o que é que eu tenho haver com isso? Por acaso perguntei-te alguma coisa? Perguntei? Eu preciso de silêncio para raciocinar. Preciso de silêncio. Silêncio e uma cenoura.
(A.B. e J.S.)- ???
(J.S.)- Queres resolver isto lá fora baixote? Desde já te aviso que os meus seguranças são SEALS emprestados pelo Bush...
(M.M.)- E? Eu ontem fiz as pazes com o Valentim Loureiro e ele hoje veio-me acompanhar.
(J.S.)- Sendo assim é melhor deixar-mos esta disputa de honra para os corredores do parlamento, ou para a câmara de lisboa...
(A.B.)- O Sr. Licenciadoem Direito Marques Mendes poderia fazer o favor de escolher o primeiro dossier?
(M.M.)- Hum… Hum… Posso pedir a opinião a um dos meus assessores?
(A.B.)- F***-**, c******, p*** q** ** p**** *** ****. Vamos fazer um breve intervalo para tomar um café e voltamos em cinco minutos. Comportem-se c******. A minha mulher em casa, sozinha. Metro e noventa. 92 – 69 – 86. Olhos azuis. E eu aqui, aturar vossas excelências. Voltamos já.
(Marques Mendes)- Desculpe, mas não. Preciso de um banco para chegar convenientemente ao botão.
(José Sócrates)- Eu também não. Falta-me o teleponto.
(A.B.)- Desculpe Eng. Sócrates mas estamos num concurso. Além de ser batota, se o deixasse utilizar o teleponto estaria a ser incorrecto com o outro concorrente!
(J.S.)- Antes do mais deixe-me notar que eu não sou engenheiro. Sou licenciado em engenharia…
(A.B.)- Desculpe o engano.
(M.M.)- Este banco não poderia ter uma base maior? É para me equilibrar mais à vontade sem correr riscos de cair ao chão.
(J.S.)- Por mim não faz mal, mas não gosto que enganem a população, especialmente na minha presença. Voltando ao teleponto. Não vejo o problema. Eu sou o primeiro-ministro. Eu tenho a maioria absoluta. E depois, acho um ultraje que estando o governo, a implementar um dos mais espectaculares Planos Tecnológicos alguma vez implementados a nível planetário, não sejam disponibilizados aos concorrentes dois telepontos.
(A.B.)- É contra as regras do concurso. Desculpe, mas não pode ser. Pelo sorteio realizado previamente, é o licenciado
(J.S.)- Só uma coisa. Dispenso o teleponto, mas não posso trazer o António José Morais?
(M.M.)- Se ele traz o Morais, eu quero o Carmona!
(A.B.)- Não! Não podem.
(J.S.)- Luís Arouca? Please, please, please…
(M.M.)- Alberto João? Era uma gande noia. Vá lá, vá lá…
(A.B.)- Já chega caraças. Sr. Marques Mendes escolha o primeiro dossier se faz favor.
(M.M.)- Desculpe. Sr. Licenciado
(J.S.)- Oh Marques, deixa-te de frescuras e escolhe logo. Tenho mais que fazer. Entre as 21h e as 23h, tenho que escrever a minha tese doutoramento que vai ser avaliada amanhã.
(M.M.)- Ai sim? Estás a ver se entras no guiness é? E o que é que eu tenho haver com isso? Por acaso perguntei-te alguma coisa? Perguntei? Eu preciso de silêncio para raciocinar. Preciso de silêncio. Silêncio e uma cenoura.
(A.B. e J.S.)- ???
(J.S.)- Queres resolver isto lá fora baixote? Desde já te aviso que os meus seguranças são SEALS emprestados pelo Bush...
(M.M.)- E? Eu ontem fiz as pazes com o Valentim Loureiro e ele hoje veio-me acompanhar.
(J.S.)- Sendo assim é melhor deixar-mos esta disputa de honra para os corredores do parlamento, ou para a câmara de lisboa...
(A.B.)- O Sr. Licenciado
(M.M.)- Hum… Hum… Posso pedir a opinião a um dos meus assessores?
(A.B.)- F***-**, c******, p*** q** ** p**** *** ****. Vamos fazer um breve intervalo para tomar um café e voltamos em cinco minutos. Comportem-se c******. A minha mulher em casa, sozinha. Metro e noventa. 92 – 69 – 86. Olhos azuis. E eu aqui, aturar vossas excelências. Voltamos já.
sexta-feira, maio 18, 2007
2'
O Daytrotter é um dos grandes sites de música na net. É feito, por dois homens, na américa profunda, no meio do nada. Convidam artistas indie a lá se deslocarem, durante as suas digressões, gravam cinco ou seis faixas e disponibilizam os mp3 totalmente de borla. O resultados são sessões extraordinárias feitas por músicos extraordinários.
Recomendações:
- Benji Ferree
- Grizzly Bear
- Bonnie Prince Billy
- Sunset Rubdown
- Frog Eyes
- Brother Ali (A canção Uncle Sam Goddamn é fabulosa)
Mas o melhor é mesmo começar numa ponta e acabar na outra. É tudo legal.
Recomendações:
- Benji Ferree
- Grizzly Bear
- Bonnie Prince Billy
- Sunset Rubdown
- Frog Eyes
- Brother Ali (A canção Uncle Sam Goddamn é fabulosa)
Mas o melhor é mesmo começar numa ponta e acabar na outra. É tudo legal.
2'10''
DVD Flaming Lips - UFO's At The ZOO - The Legendary Concert In Oklahoma City
Flaming Lips - She Don't Use Jelly
via (Brooklyn Vegan)
2'30''
- Olá Eli.
- Tudo bem, John?
- Que fazes?
- Fotografia.
- Posso-te tirar uma?
- Pronto? 1, 2, 3.
- Fixe.
- Até logo.
- Logo vais ao concerto?
- Não!!! Os meus velhos estão-se a cagar.
- É foda…
- (Este gajo agora tem a mania que é fotografo!!! Há dois meses só pensava em ser drag queen, agora quer ser o novo Spencer Tunick. Vá lá que tem bom gosto nos modelos que escolhe. Espero que a foto realce a excelência deste rabo todo bom. Só Deus sabe quanto custa fazer os abdominais para manter este rabo duro. Só Deus sabe…
Já era gajo para ir à Maria Angélica dar uns retoques ao cabelo. Se calhar escadealo mais um bocado e mudar-lhe a cor. O loiro está cada vez mais banal. Até aquela chata da minha irmã apareceu com ele pintado de loiro. Talvez roxo. Cinzento também iria bem com aquelas t-shirts que comprei a semana passada na loja do Chico. Decido durante o caminho.)
- Boomer.
- Salta!!!
- Que vão fazer?
- Vai-te embora e não voltas. Isto vai dar merda.
- Que vão fazer? (Estes gajos são uns gays. Lá vão eles para a aula de culinária. Ainda não meteram naquelas cabecinhas que o jeito, por ali, não abunda. Fazem um pão muito bom, mas de resto não se aproveita nada. Querem ser chef’s de alta cozinha!!! Padeiros quanto muito. Não é à toa que são conhecidos como o “Brioche” e o “Baguete”. Eu não ia para padeiro. Li à uns tempos que uma das coisas que todos os serial killers tinham em comum era terem comido pão no dia dos assassinatos. Eu, se fosse padeiro, não gostaria que o pão tivesse sido comprado na minha padaria. Se o “Brioche” e o “Baguete” soubessem, penso que também se sentiriam mal.
Penso que vou mesmo pintar o cabelo de cinzento, à la Beckam, para condizer com as t-shirts!!!)
- Tudo bem, John?
- Que fazes?
- Fotografia.
- Posso-te tirar uma?
- Pronto? 1, 2, 3.
- Fixe.
- Até logo.
- Logo vais ao concerto?
- Não!!! Os meus velhos estão-se a cagar.
- É foda…
- (Este gajo agora tem a mania que é fotografo!!! Há dois meses só pensava em ser drag queen, agora quer ser o novo Spencer Tunick. Vá lá que tem bom gosto nos modelos que escolhe. Espero que a foto realce a excelência deste rabo todo bom. Só Deus sabe quanto custa fazer os abdominais para manter este rabo duro. Só Deus sabe…
Já era gajo para ir à Maria Angélica dar uns retoques ao cabelo. Se calhar escadealo mais um bocado e mudar-lhe a cor. O loiro está cada vez mais banal. Até aquela chata da minha irmã apareceu com ele pintado de loiro. Talvez roxo. Cinzento também iria bem com aquelas t-shirts que comprei a semana passada na loja do Chico. Decido durante o caminho.)
- Boomer.
- Salta!!!
- Que vão fazer?
- Vai-te embora e não voltas. Isto vai dar merda.
- Que vão fazer? (Estes gajos são uns gays. Lá vão eles para a aula de culinária. Ainda não meteram naquelas cabecinhas que o jeito, por ali, não abunda. Fazem um pão muito bom, mas de resto não se aproveita nada. Querem ser chef’s de alta cozinha!!! Padeiros quanto muito. Não é à toa que são conhecidos como o “Brioche” e o “Baguete”. Eu não ia para padeiro. Li à uns tempos que uma das coisas que todos os serial killers tinham em comum era terem comido pão no dia dos assassinatos. Eu, se fosse padeiro, não gostaria que o pão tivesse sido comprado na minha padaria. Se o “Brioche” e o “Baguete” soubessem, penso que também se sentiriam mal.
Penso que vou mesmo pintar o cabelo de cinzento, à la Beckam, para condizer com as t-shirts!!!)
quinta-feira, maio 17, 2007
Bromidrose
"I only wash my fe[e]t once a month at school, which I confess is nasty, but I cannot help it, for we have nothing to do it with".
Começa-se a entender a ligação aos macacos. Mas não era porco. Não gostava era de gastar água desnecessariamente...
Começa-se a entender a ligação aos macacos. Mas não era porco. Não gostava era de gastar água desnecessariamente...
quarta-feira, maio 16, 2007
3'30''
Certo dia uma pretendente convidou-me para ir ao cinema ver o Lost Highway. Não fazíamos a mínima ideia ao que íamos. Quando a projecção acabou, estarrecidos com aquilo que acabáramos de ver, cada um foi para sua casa. Passado uns dias o fenómeno acabou. Penso que tenho obrigação de deixar um conselho. Se forem ver o novo, vão sozinhos ou levem uma companhia do mesmo sexo.
terça-feira, maio 15, 2007
4'30''...
Sirvam-se, não se façam de esquisitos. Desculpem lá qualquer coisa, mas não encontrei nada do Noddy ou da Floribela para me penitenciar por tão longa ausência. Estou só acabar de limpar o pó e as teias de aranha.