quarta-feira, julho 27, 2005
Calendário musical Blue Velvet por terras da Califórnia. Nas próximas semanas poderei ter o privilégio de assistir aos seguintes espectáculos:
Street Scene - 29/30 de Julho www.street-scene.com/
White Stripes, Pixies, The International Noise Conspiracy, 311, Social Distorcion, The Flaming Lips, Trans-Global-Underground, Snoop Dog, Method Man, entre muitos outros.
Jack Johnson - 5 de Agosto
Dave Mathews Band - 25 de Agosto
Nine Inch Nails + Queens of the Stone Age - 16 de Setembro
Estes concertos já estão confirmados. Ainda há mais alguns concertos que poderão ser interessantes e para os quais ainda não tenho bilhete, como De La Soul em Agosto, ou Rolling Stones em Novembro. Prometo crónicas apuradas destes eventos. E assim se vai passando o tempo pela Califórnia, por entre uma Margarita, uma Corona, e uns banhos de sol...
terça-feira, julho 26, 2005
Considerações sobre os EUA
Ando desaparecido, e vocês já mal se devem lembrar de um post meu. É difícil manter-me em contacto com a (ir)realidade nacional, e poder tecer as minhas habituais observações sarcásticas e irónicas. Poderia porventura tecer essas observações sobre este povo mentecapto que me acolhe, mas isso seria como que bater no ceguinho. Faz parte do manual do novo anarquista, do rebelde antiglobalização, ou do intelectual de esquerda, dizer mal dos Estados Unidos, apesar da maior parte deles não conhecer propriamente a sua realidade. O que se passa é que muitos dos estereótipos que todos usam para dizer mal deste país até estão correctos, no entanto ninguém fala em geral do porquê das coisas serem assim. Vou tentar esclarecer alguns pontos:
1 - Os americanos são ignorantes.
Blue Velvet - São sim senhor! Definitivamente os americanos são bastante ignorantes no geral. A maior parte nunca saiu do país, embora devamos ser justos ao dizer que o país deles vai de Portugal à Rússia profunda, ocupando uma área gigantesca. No entanto, e tendo em conta que a minha amostragem é a Califórnia, um dos locais mais ricos e priveligiados dos EUA, devo dizer que a ignorância é preocupante.
Mas apontemos ao que, a meu ver, serão as causas desta ignorância. Os média nos EUA, e principalmente a televisão que é a fonte maior de informação deste povo preguiçoso, são de uma superficialidade gritante, assim como se fosse a Margarida Rebelo Pinto a escolher as notícias. Notícias da Europa? Nem vê-las... Conflito Israelo-Palestiniano? Eu até acho que já acabou... China? Japão? Nada ... As notícias que aqui temos são uma espécie dos piores 5 minutos que conseguirem retirar de um Jornal Nacional da TVI. O míudo que ficou preso no elevador, o cão que foi picado por um porco espinho, e por aí fora. Temos tido notícias dos atentados em Londres, e o seu desenvolvimento, mas talvez porque é incontornável, e o terrorismo é um tema caro ao país e serve a propaganda anti terrorista americana.
Depois, eu acho que o tipo de educação que se dá nos EUA leva o seu povo a não questionar, a aceitar passivamente as situações. É muito difícil conseguir-se uma boa discussão nos EUA. Se eu começo a levantar problemas, sou tratado com condescendência, uma atitude que me irrita ainda mais. Eles são ensinados a não porem problemas. Não faço ideia dos métodos de ensino por aqui, mas por favor ninguém se lembre de os levar para Portugal. Viva o espírito crítico.
No entanto, será sempre difícil ter um espírito crítico perante situações de que não têm conhecimento, e é isso que se passa aqui. A desinformação, ou a ocultação de informação, são fenómenos de larga escala neste país. Aqui, para se ter acesso a notícias sérias e globais é preciso procurar, e não faz muito parte do espírito da maioria dos americanos. É bem mais fácil domar um país do tamanho de um continente desinformado e sem espírito crítico. Principalmente se esse país não se der conta que está a ser enganado.
2 - Todos?
Blue Velvet - Não! Aqui na Califórnia as pessoas são interessadas, e demonstram um elevado espírito crítico em relação ao seu país. Embora alguns me pareçam verdadeiros, por vezes tenho a sensação que algum desse espírito crítico é para Europeu ver. No entanto demonstra noção da imagem que eles têm na Europa, e demonstra até um certo desconforto por isso. Nota-se muitas vezes um esforço de aproximação. E isso é positivo. Várias pessoas me perguntam o que nós Portugueses e Europeus achamos deles, e sublinham muitas vezes a sua ignorância em relação à Europa. Ou seja, aqui na Califórnia há muito ignorante consciente, o que já não é mau. E para dar uma perspectiva mais positiva, o outro dia apanhei um taxista que me falou dos descobrimentos Portugueses, comparaou-os com os Espanhóis, falou dos nossos feitos e não hesitou em vangloriar o nosso povo, assim como falou de forma muito sensata sobre geopolítica mundial e sobre o papel do seu país no mundo. Uma boa surpresa a bordo de um Yellow Cab.
3 - Os Americanos são arrogantes em relação aos Europeus.
Blue Velvet - Não, de forma alguma. Até bem pelo contrário. O que tenho notado é uma certa subalternização ao povo Europeu. Um sentimento de inferioridade que por vezes até me incomoda. Começam logo a desculpar-se pelo seu governo, a falarem da Europa com admiração e respeito, e a realçarem a sua ignorância quanto à Europa e o quanto gostariam de saber mais, viajar mais. Mais ainda, as pessoas aqui são extremamente acolhedoras e prestáveis, numa simpatia que ultrapassa o razoável por vezes, e que me chegou a irritar profundamente, porque eu como bom nortenho não gosto de ser simpático com quem não me é agradável. No entanto fui-me habituando a ter um sorriso razoável estampado no rosto um grande número de horas por dia, e agora já nem me ralo.
Concluindo esta pequena observação sobre os Americanos, posso dizer que penso que, embora muito do que se diz na Europa sobre os Americanos esteja correcto, os fundamentos em que assenta nem sempre são verdadeiros. Para não cometermos o mesmo erro que apontamos aos EUA, deveriamos esforçar-nos talvez por perceber melhor com que linhas se cozem as pessoas daqui. No outro dia fui a uma palestra sobre o Médio Oriente onde figuravam inúmeros estudantes bolseiros da Fulbright de vários países, e onde pudemos ouvir uma americana, Ann Kerr, com um enorme historial por países como o Líbano, a Síria, Egipto ou Turquia, a falar sobre Médio Oriente à 30 anos atrás, e fazer uma leitura do desenvolver das tensões na região, em paralelo com a sua vida que se desenrolou naquelas paragens. Entre alguns episódios posso destacar o assassinato do seu marido no Líbano em 84, o reitor da Universidade Americana de Beirute. Um apaixonada pelo Médio Oriente e pelas suas gentes, falou amargurada do desenrolar da situação, e no fim entabulou-se uma animada discussão entre todos, em que quem ficou com as orelhas a arder foi o governo norte americano. Uma das grandes conclusões que se tirou na discussão, e que eu retiro da minha experiência aqui, é que há uma grande distância entre os actos da administração norte americana e a grande mairoria do seu povo. Se não invalida que não os estejamos para aturar, deve pelo menos fazer com que da próxima vez que se cruzarem com um americano (que não faça parte do governo) lhe dêem o benefício da dúvida.
segunda-feira, julho 25, 2005
Meu nome é Jorge, Seu Jorge
Tenho que dizer que isto é um grande, grande album, até para mim que não sou grande apreciador de ritmos sambados. O título assenta-lhe que nem uma luva, não parecendo nada um disco de estudio. Depois todo o album é de um bom gosto, de uma sensibilidade extrema, ora sussurado, ora falado, ora cantado. Pena é chegar a esta terrinha com uns anos de atraso. Vale a pena levá-lo para casa e tratá-lo como um filho, nunca deixando de lhe dar a atenção que merece.
Pretinha
Faço tudo pelo nosso amor
Faço tudo pelo bem de nosso bem (meu bem)
A saudade é minha dor
Que anda arrasando com meu coração
Não Duvide que um dia
Eu te darei o céu
Meu amor junto com um anel
Pra gente se casar
No cartório ou na igreja
Se você quiser
Se não quiser, tudo bem (meu bem)
Mas tente compreender
Morando em São Gonçalo você sabe como é
Hoje a tarde a ponte engarrafou
E eu fiquei a pé
Tentei ligar pra você
O orelhão da minha rua
Estava escangalhado
Meu cartão tava zerado
Mas você crê se quiser...
"São Gonça" - Seu Jorge - "Cru"
360º de separação
- Um costuma andar vestido de amarelo e faz 300 km por dia de bicicleta, o outro anda vestido em tons castanhos e cinzas e conduzem-no 300 km por dia de limusine.
- Um é casado com a Sheryl Crow, o outro com a Maria Barroso.
- Um é casado com a Sheryl Crow, o outro com a Maria Barroso.
- Um tem três filhos maravilhosos, o outro... tem ... tem ... tem... filhos.
- Um quer passar a ter uma vida passiva, o outro quer retornar à vida activa.
- Um lutou contra o cancro e não tem um testiculo, o outro luta diariamente contra a senilidade e falta-lhe a companhia do Mitterrand para a práctica diária do Francês.
- Um ganhou agora a sétima volta à França e retirou-se sem oponente à altura, o outro quer voltar a ter oponentes à altura (+/- 1.80m) e já ganhou mais de sete titulos Doutor "Honoris Causa".
- Um quer passar a ter uma vida passiva, o outro quer retornar à vida activa.
- Um lutou contra o cancro e não tem um testiculo, o outro luta diariamente contra a senilidade e falta-lhe a companhia do Mitterrand para a práctica diária do Francês.
- Um ganhou agora a sétima volta à França e retirou-se sem oponente à altura, o outro quer voltar a ter oponentes à altura (+/- 1.80m) e já ganhou mais de sete titulos Doutor "Honoris Causa".
- O Kerry tenta convencer um a ser político, enquanto ao outro faz de conta que é convencido pelo Sócrates que tem a missão de salvar Portugal.
- Com um, o meu avô vibra e considera-o o maior corredor de todos os tempos, com o outro deprime, chama-lhe Peidolas e considera-o o pior político de todos os tempos.
- Com um, o meu avô vibra e considera-o o maior corredor de todos os tempos, com o outro deprime, chama-lhe Peidolas e considera-o o pior político de todos os tempos.
- Os dois deviam levar a que milhões de pessoas se juntassem numa vigilia e lhes pedissem de joelhos que reconsiderarem as suas decisões.
sexta-feira, julho 22, 2005
Bom Fim de Semana
Este fim de semana, estou por aqui. Terra dos meus familiares maternos e de bons amigos. Sempre gostei de ir para lá, mas quando era miúdo, como passava quase todo tempo em casa, estava lá um, dois dias e já me punha a espumar pela boca para me vir embora. Com o passar dos anos, tenho pena de não poder passar lá mais tempo. A tranquilidade, o verde das montanhas, a pureza e alegria que as pessoas têm em conversar na rua e sobretudo as grandes AMIZADES criadas(é de notar que as maiusculas foram postas com o único objectivo de engraxar para me pagarem umas cervejas). É engraçado como um gajo pode estar seis meses sem falar, e no re-encontro retomar as conversas no ponto em que foram deixadas....
Podia continuar mas são 18h30m e tenho que me pôr andar para cima senão eles começam a aqueçer sem mim...
Liga Campeões
À uns dias atrás combinei encontrar-me com uma colega numa esplanada. Para não variar cheguei a horas e ela, as usual, elegantemente atrasada.
Durante este tempo de espera, que foi pouco mas pareceu uma eternidade, os meus ouvidos captaram a frequência de uma conversa que se estava a desenrolar na mesa atrás de mim. E reparei que uma discussão entre um casal assemelha-se muito a um jogo de futebol. Que equipamentos usavam, se eram bonitos ou não, não me perguntem porque não sei.
A coisa parecia-me séria, porque as recriminações eram constantes. “E tu fizeste isto, e tu fizeste aquilo, e tu fizeste aqueloutro” – queixava-se, especialmente a rapariga, porque até ao momento que a minha companhia chegou ela estava a vencer claramente o encontro. Ele já só dizia: “ Eu sei, eu sei, tens razão...”. De vez em quando ainda esboçava um contra-ataque com o “Mas” do costume, só que a pressão a todo o campo feita pela sua adversária era avassaladora. Notava-se que existiam ali muitas horas de treino, muita análise tactica de erros cometidos anteriormente. Pareceu-me que ela já tinha sofrido muitas derrotas com a equipa adversária, já tinha passado muitos sacríficios, por isso a nossa jogadora estava a jogar para ganhar. Queria passar a jogar com os grandes e deixar estes clubes do meio da tabela que só sabem defender. Em poucos minutos perdi a conta aos golos festejados e desliguei o meu frequêncimetro até porque jogos assim deixam de ter piada.
Desejei-lhes, no entanto, boa sorte, aos dois. Que façam uns jogos amigáveis de vez em quando porque um treininho faz sempre bem à saude. Além disso, mantem os jogadores dispertos, mas por favor, nada de entradas violentas, sejam por trás ou cotoveladas. Porque ao indisciplinado é mostrado o cartão vermelho e o oponente sai lesionado, e ao invés de no final do jogo cumprimentar o adversário com um sorriso no lábios e um respeito maior do que quando o jogo começou, afasta-se, rancoroso, a pedir as mãos de um enfermeiro que o trate com amizade e carinho. O prevaricador que podia aproveitar o único chuveiro existente para falar com o amigo (porque no fim dos jogos os adversários deixam de existir) sobre as incidências do jogo, tem que se resignar e ir tomar banho sozinho. Resta-lhe esperar o parecer do conselho de disciplina. Ou meia dúzia de jogos no banco ou a proibição vitalicia de jogar contra aquela equipa.
Durante este tempo de espera, que foi pouco mas pareceu uma eternidade, os meus ouvidos captaram a frequência de uma conversa que se estava a desenrolar na mesa atrás de mim. E reparei que uma discussão entre um casal assemelha-se muito a um jogo de futebol. Que equipamentos usavam, se eram bonitos ou não, não me perguntem porque não sei.
A coisa parecia-me séria, porque as recriminações eram constantes. “E tu fizeste isto, e tu fizeste aquilo, e tu fizeste aqueloutro” – queixava-se, especialmente a rapariga, porque até ao momento que a minha companhia chegou ela estava a vencer claramente o encontro. Ele já só dizia: “ Eu sei, eu sei, tens razão...”. De vez em quando ainda esboçava um contra-ataque com o “Mas” do costume, só que a pressão a todo o campo feita pela sua adversária era avassaladora. Notava-se que existiam ali muitas horas de treino, muita análise tactica de erros cometidos anteriormente. Pareceu-me que ela já tinha sofrido muitas derrotas com a equipa adversária, já tinha passado muitos sacríficios, por isso a nossa jogadora estava a jogar para ganhar. Queria passar a jogar com os grandes e deixar estes clubes do meio da tabela que só sabem defender. Em poucos minutos perdi a conta aos golos festejados e desliguei o meu frequêncimetro até porque jogos assim deixam de ter piada.
Desejei-lhes, no entanto, boa sorte, aos dois. Que façam uns jogos amigáveis de vez em quando porque um treininho faz sempre bem à saude. Além disso, mantem os jogadores dispertos, mas por favor, nada de entradas violentas, sejam por trás ou cotoveladas. Porque ao indisciplinado é mostrado o cartão vermelho e o oponente sai lesionado, e ao invés de no final do jogo cumprimentar o adversário com um sorriso no lábios e um respeito maior do que quando o jogo começou, afasta-se, rancoroso, a pedir as mãos de um enfermeiro que o trate com amizade e carinho. O prevaricador que podia aproveitar o único chuveiro existente para falar com o amigo (porque no fim dos jogos os adversários deixam de existir) sobre as incidências do jogo, tem que se resignar e ir tomar banho sozinho. Resta-lhe esperar o parecer do conselho de disciplina. Ou meia dúzia de jogos no banco ou a proibição vitalicia de jogar contra aquela equipa.
quinta-feira, julho 21, 2005
Concurso O Escritor Famoso. Eleições Abertas
Estão abertas desde a meia noite de ontem as votações para melhor texto, no maravilhoso Divas & Contrabaixos. Se gostam de bons textos é favor clicar aqui, e têm à vossa disposição textos com originalidade e muita qualidade. Esta votação decorre até à meia noite do dia 22, e pode ser feita na respectiva caixa de comentários. No entanto, a palavra final é dada por um juri que é constituido por estes elementos aqui. Dia 24 o vencedor será divulgado.
Algures num monte alentejano...
- Oh Luís anda comer. A sopa da pedra está a ficar fria.
- Amor tem calma, não grites. Estou tão cansado, tão cansado, que nem tenho vontade de comer. Tenho tempo.
- Mas Luís nem pareces tu, querido. Ainda me lembro daquela vez que estivemos um fim de semana fechados num quarto a comemorar a tua ida para o Banco de Portugal. Pingavamos suor, os musculos contorciam-se com tantos espasmos e cansaço, e tu, à hora das refeições comportavas-te como um verdadeiro leão.
- Bons tempos, esses. Também era mais novo, o corpo tinha uma melhor capacidade de reacção.
- Também o cansaço, era praseiroso, não era amor? Só apetecia cansarmo-nos cada vez mais
- Era chuchu. Neste caso era o contrário. Além da monotonia que começava a existir. Contigo estava sempre em constantes trocas pareciamos as variações do Dolar e do Euro, enquanto no trabalho estava sempre de costas, exactamente como o nosso défice. Além disso o teu corpinho põe qualquer indice de bolsa em alta, enquanto as barbas dos meus ex-parceiros de governo...
- Luis usavas o teu lado tantrico para te concentrares.
- Ainda tentei, mas existem por lá uns menes com tendências S&M. Gostam de usar facas, para fazerem umas camisolas às riscas nas nossas costas. Tu bem sabes que eu nessae merdas estranhas não entro. Um Tau de vez em quando, uma chicotada de amor tudo bem, agora envolver objectos metálicos e ponteagudos em noites de amor? Tu conhesce-me Cinderela, assim que pude pus-me a andar.
quarta-feira, julho 20, 2005
terça-feira, julho 19, 2005
E raid? Custa apenas dois euros...
Era um escritor famoso. Pronto, escritor, escritor famoso, é como quem diz. Era um gajo famoso, o chamado socialite, a celebridade que conseguia alinhavar umas linhas entre o chá das quatro e a ida ao ginásio.
Ser um bom escritor sempre tinha sido o seu sonho, a sua obsessão. Queria, um dia, ser reconhecido como um dos Grandes, um dos Bons, mas por mais que tentasse nunca conseguia. Por vezes até prescindia do seu solário, das suas idas às capitais mundiais da moda, dos seus jantares de gala, das suas idas à discoteca. Tudo porque sentia aquela inspiração repentina que sempre ouviu dizer que dava aos iluminados. E escrevia, escrevia. E riscava, riscava. E rasgava, rasgava.
Os livros, esses, vendiam bem, bastante bem até. Bem melhor que parte dos consagrados da nossa praça, mas para sua infelicidade sabia o porquê de tanto sucesso.
Preferia viver na estupidez a ser confrontado com tão terrível realidade. À noite quando ia para a cama, chorava. Baixinho para ninguém o ouvir, mas as paredes sempre tiveram ouvidos.
O sucesso das vendas explodiu, implodindo na mesma proporcionalidade mas com um factor multiplicativo de 20 a sua agonia e a sua angustia. As suas aventuras literárias tinham que acabar de uma vez por todas.
No dia seguinte acordou e desceu para o jardim para tomar o pequeno-almoço. O tempo custava a passar. Passados cinco minutos, desceu o filho. Deu-lhe um beijo e sentou-se à sua direita. O escriva olho-o com ternura, puxou a mão atrás, deu-lhe um estalo e começou a chorar:
- Filho, não te levantes mais durante a noite para melhorares os textos do pai. Não entendes que sou um bluff.
- Mas Pai... Só queria ajudar... – retorquiu o adolescente com a cara em lágrimas.
E assim foi, que o escritor famoso deixou de ser escritor e continuou a ser famoso. Isto é, deixou de ser escritor é como quem diz. Escreve de quando em vez uns artigos para os metrossexuais acerca do que está “trendy” no mundo civilizado. Ele bem tentou parar, mas o bichinho, esse, nunca o consegui matar.
Ser um bom escritor sempre tinha sido o seu sonho, a sua obsessão. Queria, um dia, ser reconhecido como um dos Grandes, um dos Bons, mas por mais que tentasse nunca conseguia. Por vezes até prescindia do seu solário, das suas idas às capitais mundiais da moda, dos seus jantares de gala, das suas idas à discoteca. Tudo porque sentia aquela inspiração repentina que sempre ouviu dizer que dava aos iluminados. E escrevia, escrevia. E riscava, riscava. E rasgava, rasgava.
Os livros, esses, vendiam bem, bastante bem até. Bem melhor que parte dos consagrados da nossa praça, mas para sua infelicidade sabia o porquê de tanto sucesso.
Preferia viver na estupidez a ser confrontado com tão terrível realidade. À noite quando ia para a cama, chorava. Baixinho para ninguém o ouvir, mas as paredes sempre tiveram ouvidos.
O sucesso das vendas explodiu, implodindo na mesma proporcionalidade mas com um factor multiplicativo de 20 a sua agonia e a sua angustia. As suas aventuras literárias tinham que acabar de uma vez por todas.
No dia seguinte acordou e desceu para o jardim para tomar o pequeno-almoço. O tempo custava a passar. Passados cinco minutos, desceu o filho. Deu-lhe um beijo e sentou-se à sua direita. O escriva olho-o com ternura, puxou a mão atrás, deu-lhe um estalo e começou a chorar:
- Filho, não te levantes mais durante a noite para melhorares os textos do pai. Não entendes que sou um bluff.
- Mas Pai... Só queria ajudar... – retorquiu o adolescente com a cara em lágrimas.
E assim foi, que o escritor famoso deixou de ser escritor e continuou a ser famoso. Isto é, deixou de ser escritor é como quem diz. Escreve de quando em vez uns artigos para os metrossexuais acerca do que está “trendy” no mundo civilizado. Ele bem tentou parar, mas o bichinho, esse, nunca o consegui matar.
Ps: Isto é sobre os escritor famoso que anda a passear de blog em blog. Mais uma ideia de, vocês sabem quem, afinal não existem muitas pessoas capazes de ter assim umas ideias.
segunda-feira, julho 18, 2005
Carteira, Tabaco, Telémovel... e chaves, as chaves...
Um dos maiores mistérios da humanidade é quanto a mim, como caracterizar uma pessoa que ao chegar a um encontro, tem a necessidade de pôr em cima da mesa a carteira, o tabaco, o telemóvel e as chaves? Que dizer desta espécie humana e que nome lhe fazer corresponder para a sua memória prolongar-se durante milénios?
Qual será a sua designação genérica? Homo-Mostratis? Homo-Sem-Bolsatis? Homo-Carteirex-Tabacex-GPRS?
Além disso o Homem que põe, da esquerda para a direita, carteira-tabaco-telémovel, totalmente alinhados com as chaves em cima do tabaco, a dita cereja no topo do bolo, ou neste caso, clés aux top of the world, pode ser considerado o mesmo tipo de Homem daquele que se limita a deixar cair todo este material em cima da mesa? Ou serão estes dois iguais aqueles que colocam (sempre no sentido esquerda-direita) tabaco-telemóvel-carteira, com as chaves em cima da carteira? Como podem ver as variações são muitas e isto é material suficiente para uma tese de doutoramento em comportamento humano. Gostava de adiantar algumas conclusões que me parecem lógicas. O Homem que se limita a mandar tudo para a mesa pertence claramente à sub-espécie Timido porque quer mostrar mas não quer parecer muito ostentatório. Mas ainda se pode aprofundar mais este ramo se analisarmos atentamente o aspecto da triplice aliança. Atente-se no grau de estima. Caso a carteira esteja limpa, o telemóvel sem riscos e limpo e o tabaco não esteja amarrotado, esta-se na presença do Homem Timido-Asseado, ou como dizem os grandes paleolíticos Homo Timidex-Asseadex. No entanto, caso o oposto se verifique já podemos garantir perante toda a comunidade científca que um Javardo se encontra no nosso meio. Um telemóvel todo riscado, uma catota colada à carteira, enfim, o amor não existe, também devido ao facto de saber que quando quiser o papá substitui-lhe todo o arsenal.
Claro que a análise complica-se muito mais se olharmos atentamente para as chaves, o verdadeiro códice para resolver e conseguir arranjar uma solução que agrade a toda a comunidade científica. Neste caso só ainda tenho a classificação para aqueles que põem as chaves ao centro sobre a carteira. Sendo a carteira o símbolo capitalista destes elementos, o dono ao ter as chaves em cima desta considera-as como o elemento primordial de todos e aí estamos na presença óbvia de um Homo Olga-Cardoso. E se as chaves estivem por cima do telemóvel, o elemento mais material, será que a mensagem sublimar que deseja ser passada é que a rede está fechada? E aí a espécie podia ser classificada de Homo-Redes. Mas mais uma vez, e perante esta solução deparámo-nos perante outro problema muito mais intrincado, que é existir a estrita necessidade de se ter em conta a rede associada ao objecto. Até o olho menos experimentado para a análise cientifica já deve ter concluido que existirão centenas, quiçá, milhares de sub-espécies tendo em conta apenas este ramo de análise. Vamos atentar somente num universo de Dez milhões de portugueses com igual número de telemóveis, deixando de lado países com um menor número de portáteis comunicavionais como são o caso da Suécia e do Botswana. TMN, Telecel, Optimus? Fazendo aqui a analogia rápida TMN – Mais assinantes – Campeões nacionais vendas, Homo-Redes-Titular. Já se o consumidor tiver optado pela Telecel – Globalmente Conhecida – Liga Campeões, Homo-Redes-Galáctico. E se as chaves estiverem por cima do tabaco? Já agora, se o inverso se aplica (tabaco em cima de chaves) que fórmula se aplicará? Será a Transformada Particular do Fósforo (Tranformada Fourier aplicada a estes elementos) ? E valerá o trabalho, pois parece-me uma espécie muito rara, sempre na corda bamba, entre o desaparecimento, caso o duo seja posto na ponta da mesa e o maço caia para o chão e o formato cruz, no qual o maço cai para a mesa e fica perpendicular aos outros elementos. Por isso acho primordial, olhar-se primeiro para a generalidade e só depois, quando tudo estiver resolvido, partir-se para os casos particulares, nunca esqueçendo-se as palvras do grande Co: " A investigação cientifica joga-se com a cabeça, nunca com os estômago.
Penso que a par com a fórmula única da Física e a consecução de um défice abaixo dos 3% por parte de Portugal, esta-se na presença de uma das mais entusiasmantes buscas pelo saber propostas à Humanidade. Espera-se toda a ajuda da comunidade científica e a partilha das suas descobertas o mais rápido possível para que a memória perdure sempre. E perdure, perdure, perdure, perdure...
Qual será a sua designação genérica? Homo-Mostratis? Homo-Sem-Bolsatis? Homo-Carteirex-Tabacex-GPRS?
Além disso o Homem que põe, da esquerda para a direita, carteira-tabaco-telémovel, totalmente alinhados com as chaves em cima do tabaco, a dita cereja no topo do bolo, ou neste caso, clés aux top of the world, pode ser considerado o mesmo tipo de Homem daquele que se limita a deixar cair todo este material em cima da mesa? Ou serão estes dois iguais aqueles que colocam (sempre no sentido esquerda-direita) tabaco-telemóvel-carteira, com as chaves em cima da carteira? Como podem ver as variações são muitas e isto é material suficiente para uma tese de doutoramento em comportamento humano. Gostava de adiantar algumas conclusões que me parecem lógicas. O Homem que se limita a mandar tudo para a mesa pertence claramente à sub-espécie Timido porque quer mostrar mas não quer parecer muito ostentatório. Mas ainda se pode aprofundar mais este ramo se analisarmos atentamente o aspecto da triplice aliança. Atente-se no grau de estima. Caso a carteira esteja limpa, o telemóvel sem riscos e limpo e o tabaco não esteja amarrotado, esta-se na presença do Homem Timido-Asseado, ou como dizem os grandes paleolíticos Homo Timidex-Asseadex. No entanto, caso o oposto se verifique já podemos garantir perante toda a comunidade científca que um Javardo se encontra no nosso meio. Um telemóvel todo riscado, uma catota colada à carteira, enfim, o amor não existe, também devido ao facto de saber que quando quiser o papá substitui-lhe todo o arsenal.
Claro que a análise complica-se muito mais se olharmos atentamente para as chaves, o verdadeiro códice para resolver e conseguir arranjar uma solução que agrade a toda a comunidade científica. Neste caso só ainda tenho a classificação para aqueles que põem as chaves ao centro sobre a carteira. Sendo a carteira o símbolo capitalista destes elementos, o dono ao ter as chaves em cima desta considera-as como o elemento primordial de todos e aí estamos na presença óbvia de um Homo Olga-Cardoso. E se as chaves estivem por cima do telemóvel, o elemento mais material, será que a mensagem sublimar que deseja ser passada é que a rede está fechada? E aí a espécie podia ser classificada de Homo-Redes. Mas mais uma vez, e perante esta solução deparámo-nos perante outro problema muito mais intrincado, que é existir a estrita necessidade de se ter em conta a rede associada ao objecto. Até o olho menos experimentado para a análise cientifica já deve ter concluido que existirão centenas, quiçá, milhares de sub-espécies tendo em conta apenas este ramo de análise. Vamos atentar somente num universo de Dez milhões de portugueses com igual número de telemóveis, deixando de lado países com um menor número de portáteis comunicavionais como são o caso da Suécia e do Botswana. TMN, Telecel, Optimus? Fazendo aqui a analogia rápida TMN – Mais assinantes – Campeões nacionais vendas, Homo-Redes-Titular. Já se o consumidor tiver optado pela Telecel – Globalmente Conhecida – Liga Campeões, Homo-Redes-Galáctico. E se as chaves estiverem por cima do tabaco? Já agora, se o inverso se aplica (tabaco em cima de chaves) que fórmula se aplicará? Será a Transformada Particular do Fósforo (Tranformada Fourier aplicada a estes elementos) ? E valerá o trabalho, pois parece-me uma espécie muito rara, sempre na corda bamba, entre o desaparecimento, caso o duo seja posto na ponta da mesa e o maço caia para o chão e o formato cruz, no qual o maço cai para a mesa e fica perpendicular aos outros elementos. Por isso acho primordial, olhar-se primeiro para a generalidade e só depois, quando tudo estiver resolvido, partir-se para os casos particulares, nunca esqueçendo-se as palvras do grande Co: " A investigação cientifica joga-se com a cabeça, nunca com os estômago.
Penso que a par com a fórmula única da Física e a consecução de um défice abaixo dos 3% por parte de Portugal, esta-se na presença de uma das mais entusiasmantes buscas pelo saber propostas à Humanidade. Espera-se toda a ajuda da comunidade científica e a partilha das suas descobertas o mais rápido possível para que a memória perdure sempre. E perdure, perdure, perdure, perdure...
sexta-feira, julho 15, 2005
terça-feira, julho 05, 2005
Dia 17... Estou em Coura.
Como a organização do festival disse que só ia pôr mil bilhetes para cada dia à venda, e como não queria ser obrigado a comprar bilhete para três dias, segui o famoso ditado, afinal ia ficar sem eles de qualquer maneira. Agora é esperar que o Josh Homme tenha juizinho, o Francis Black não coma demais e que até Agosto não morram familiares ou amigos dos Arcade Fire... depois... depois é preciso editar um novo album, eles é que sabem. Espero ver alguma da minha clientela por Coura. Prometo que levo uns fatos por medida para experimentarem lá.
50 Cent
Segundo parece o gangsta rap 50 Cent vem a Portugal para dar um concerto. Eu até gostava de ir ver mas já mudei de ideias. Ao que parece esta é uma acção da PJ para diminuir a criminalidade em Lisboa e arredores. Segundo uma fonte anónima, vai ser posta em práctica uma nova técnica de captura denominada captura por arrastão. Um gajo entra para ver o concerto e quando este finaliza sai directamente para a prisão, sem passar pelo Bairro para comprar uma placa. Ainda se pôs a dúvida se seria uma boa ideia visto grande parte dos espectadores serem cidadãos modelo deste país, mas os polícias mostram-se irredutíveis. Se não querem ser presos é não aparecer, porque vai tudo à frente. Até porque o 50 não precisa deste dinheiro para tirar mais algumas balas do corpo.
Sanitas e afins
Considero a qualidade das nossas sanitas muito fraquinha, pelo menos comparada com as que se utilizam no país das tulipas. Não tem nada a ver com existência de aquecimento central no sítio onde um gajo se senta ou o aparecimento de um jacto de água para posterior lavagem, o chamado after-eight da cagada. Afinal, com todos estes extras não estaria a falar de sanitas, mas sim sobre postos de serviço nas gasolineiras, só faltando depois o ucraniano para pôr o perfume e limpar o rabo.
O que está em discussão é a ergonomia e posterior utilização desta por partes dos dois povos. Em Portugal a sanita mais utilizada é a tipo funil, \ / , isto é, com um grande declive onde favorece o desaparecimento quasi imediato do monstro. A não ser que a entidade se tenha acumulado desmesuradamente no portador devido a uma prisão de ventre ou então devido à falta de treino diário na ida à dita, o que vai contra as recomendações da minha antiga professora de biologia que com enorme sapiência e dominio sobre o assunto dizia que isto nunca devia acontecer, desde o nascimento dos primeiros dentes de leite devia existir um treino bidiário do nosso corpo para a expulsão destes monstros, afinal se o objectivo destes aliens é sair e eles se acumulam algum mal hão-de fazer, é raro olharmos com atenção para uma parte do nosso ser. Durante a saída o monstro vai escorregando pelo azulejo e se for preciso desaparece sem lhe pôrmos a vista em cima e sem se despedir. Claro que não nos podemos esqueçer que o português é um avido consumidor de literatura durante estes estágios, e existe uma proporcionalidade entre o desaparecimento do monstro e o tempo dedicado à leitura (no meu caso depende sempre do interesse das dúvidas postas na ajuda sexual da Maria). O caso holandês é diferente, dava um case-study nas nossas universidade. As sua sanitas são da forma ,T\ /, (não liguem aquela perna marota do T visto não estar lá a fazer nada, a parte superior do T está ao mesmo nível do \) com uma parte onde o monstro repousa após o parto, habituando-se à temperatura, ambiente que o rodeia, para depois existir a saída escapatória (mas esta tem que existir em qualquer sanita). Quando o monstro sai, fica ali a repousar sobre a plataforma de azulejo à espera quiçá, de um adeus, de uma breve análise às carnes e textura, estando o seu desaparecimento dependente da paixão que surja no momento entre o casal. Dutch apaixonado é pior que italiano. É gajo para cheirar com atenção, olhar, limpar-se, lavar as mãos e só no fim, quando não consegue arranjar justificação para mais demora no WC despejar o autoclismo, deixando escapar uma lágrima pelo canto do olho sempre que o resultado final a empreitada correu como o esperado. Agora se é um mostro sem alma, sem osso e musculatura, ein aborto, só pensam: “O que fiz mal para isto me ter acontecido?”, despejando a triste visualização logo de seguida. E aqui está o busilis da questão, a grande diferença entre os dois povos.
O que está em discussão é a ergonomia e posterior utilização desta por partes dos dois povos. Em Portugal a sanita mais utilizada é a tipo funil, \ / , isto é, com um grande declive onde favorece o desaparecimento quasi imediato do monstro. A não ser que a entidade se tenha acumulado desmesuradamente no portador devido a uma prisão de ventre ou então devido à falta de treino diário na ida à dita, o que vai contra as recomendações da minha antiga professora de biologia que com enorme sapiência e dominio sobre o assunto dizia que isto nunca devia acontecer, desde o nascimento dos primeiros dentes de leite devia existir um treino bidiário do nosso corpo para a expulsão destes monstros, afinal se o objectivo destes aliens é sair e eles se acumulam algum mal hão-de fazer, é raro olharmos com atenção para uma parte do nosso ser. Durante a saída o monstro vai escorregando pelo azulejo e se for preciso desaparece sem lhe pôrmos a vista em cima e sem se despedir. Claro que não nos podemos esqueçer que o português é um avido consumidor de literatura durante estes estágios, e existe uma proporcionalidade entre o desaparecimento do monstro e o tempo dedicado à leitura (no meu caso depende sempre do interesse das dúvidas postas na ajuda sexual da Maria). O caso holandês é diferente, dava um case-study nas nossas universidade. As sua sanitas são da forma ,T\ /, (não liguem aquela perna marota do T visto não estar lá a fazer nada, a parte superior do T está ao mesmo nível do \) com uma parte onde o monstro repousa após o parto, habituando-se à temperatura, ambiente que o rodeia, para depois existir a saída escapatória (mas esta tem que existir em qualquer sanita). Quando o monstro sai, fica ali a repousar sobre a plataforma de azulejo à espera quiçá, de um adeus, de uma breve análise às carnes e textura, estando o seu desaparecimento dependente da paixão que surja no momento entre o casal. Dutch apaixonado é pior que italiano. É gajo para cheirar com atenção, olhar, limpar-se, lavar as mãos e só no fim, quando não consegue arranjar justificação para mais demora no WC despejar o autoclismo, deixando escapar uma lágrima pelo canto do olho sempre que o resultado final a empreitada correu como o esperado. Agora se é um mostro sem alma, sem osso e musculatura, ein aborto, só pensam: “O que fiz mal para isto me ter acontecido?”, despejando a triste visualização logo de seguida. E aqui está o busilis da questão, a grande diferença entre os dois povos.
Enquanto os holandeses desde pequenos se habituam a analisar a própria merda, podendo detectar uma má alimentação, um ligeiro problema de saúde através da análise momentanea das suas próprias fezes, nós não. Não aguentamos o cheiro, queremos é despachar aquilo o mais rapidamente possivel, tentando esquecer como um ser perfeito como o povo que descobriu o caminho marítimo para a India é capaz de fazer uma coisa tão nojenta como aquela. Mas se não conseguimos analisar a nossa merda como analisaremos outros problemas mais complicados? Se tudo fosse tão simples como puxar o autoclismo...
Adenda: Um grande vantagem do modelo holandês como bem me lembrou o unknown soldier, é o salpico no rabo. Com esta sanita ele é practicamente inexistente.
segunda-feira, julho 04, 2005
Voltando a onde fiquei anteriormente...
Segundo conversa com a minha avô acerca da história do aqui del'rei, ela disse-me que eram dois rapazes a assaltar um café que se situa perto. A senhora afinal equivocou-se, devia ter gritado: "Agarra que é ladrão."